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Outro lado
Chefe da PF nega acusação; Bastos vai investigar
NA ITÁLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dizendo-se indignado
com as acusações de Mario Bernardini, o diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, afirmou não conhecer
o araponga João Álvaro de
Almeida.
"É uma acusação ridícula e leviana. Só posso pensar nisso como uma espécie de vingança contra a
Polícia Federal por meio
da minha pessoa. Tudo isso começou depois que a
investigação da Operação
Chacal [de 2004, que teve
como alvo a empresa Kroll
e o banqueiro Daniel Dantas, principalmente] revelou a existência de uma rede de intensa atividade
clandestina de arapongagem industrial", declarou.
Por meio de sua assessoria, o ministro da Justiça,
Márcio Thomaz Bastos,
disse que, ao tomar conhecimento, pela mídia, de
que teria sido vítima de suposto grampo, determinou à PF abertura de inquérito para apurar sua
procedência e eventuais
responsáveis. As autoridades aguardam agora o envio, pelos investigadores
italianos, de cópias dos depoimentos de Bernardini.
Almeida disse que foi
apresentado a Bernardini
por Angelo Jannone, mas
negou que sua aproximação com a tele tenha sido
obra de Lacerda. "Estive
com esse homem [Bernardini] umas duas vezes no
início de 2005." Disse ainda que prestava serviços
regulares a empresa de
análise de risco e controle
de fraudes com cartões.
O ministro Luiz Fernando Furlan não quis comentar o caso.
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