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Eletrobrás poderá captar R$ 8,5 bi para obras de Angra 3
CMN aumentou o limite de endividamento da
estatal para além da Lei de Responsabilidade Fiscal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O grupo Eletrobrás recebeu
autorização para aumentar o
seu endividamento em R$ 8,5
bilhões, dinheiro que deve ser
usado para financiar a construção da usina nuclear de Angra 3
e das linhas de transmissão das
hidrelétricas do rio Madeira,
em Rondônia.
Também foi autorizada a
contratação de empréstimos
no valor de cerca de R$ 100 milhões para outros dois projetos
de energia elétrica que envolvem empresas estatais: a construção da linha de transmissão
Furnas-Pimenta, do consórcio
Furnas-Cemig, em Minas Gerais, e da linha Foz-Cascavel, da
Copel, no Paraná.
A autorização, concedida ontem pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), é necessária
devido ao limite de endividamento imposto às estatais pela
Lei de Responsabilidade Fiscal.
As obras da Eletrobrás já fazem parte do PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento), mas o atraso na sua execução fez com que somente agora
tenha sido necessário autorizar
a contratação desses empréstimos. A estatal poderá buscar
esses recursos de acordo com
seus critérios, recorrendo a investidores ou bancos interessados no negócio.
As obras de Angra 3 foram retomadas no início do mês, com
a assinatura da primeira ordem
de execução de serviços. A previsão é que a usina comece a gerar energia em maio de 2015,
com capacidade de 1.400 MW,
carga suficiente para abastecer
metade do Estado do Rio.
A última data fixada para
conclusão da obra, em 2014, foi
alterada devido à demora na
concessão da licença municipal
e à revisão do orçamento do
projeto.
O governo ainda pretende
construir mais quatro centrais
nucleares até 2030 (duas no
Nordeste e duas no Centro-Sul
do país), cada uma com seis usinas, com uma capacidade de
1.200 MW (um décimo de Belo
Monte, que será a terceira
maior usina do mundo).
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