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FINANÇAS
Instituições terão de informar plano de negócios
Banco Central torna mais rigorosas normas para abertura de bancos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Central tornou mais
rigorosas as normas para a abertura de bancos. Além da necessidade de capital mínimo, o BC vai
exigir plano de negócios. Os bancos vão ter de informar, entre outras coisas, em que áreas vão atuar
e qual a expectativa de rentabilidade. A medida foi aprovada ontem na reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional).
Nos três primeiros anos de operação do novo banco, um auditor
independente irá verificar se os
objetivos traçados no plano apresentado ao BC estão sendo cumpridos. Essas regras entram em
vigor em 2 de junho de 2003.
Quem estiver descumprindo seu
plano terá de se justificar.
De acordo com Sérgio Darcy,
diretor de Normas do BC, as novas regras dão ao BC mais poder
para determinar quem pode ou
não abrir novo banco.
As empresas que atuam em outras áreas e quiserem abrir bancos
terão regras rígidas. Uma rede de
varejo ou montadora que quiser
abrir seu banco terá que criar uma
empresa separada ("holding" financeira) para gerir o banco.
Segundo Darcy, na proposta
original havia ainda mais restrições às empresas que atuam em
outras áreas e querem criar bancos. "A nossa proposta inicial era
mais radical. As empresas [que
iriam abrir os bancos] só podiam
ser financeiras". A proposta foi alterada após consulta pública.
A idéia, disse ele, é separar cada
vez mais as atividades financeiras
de outras atividades econômicas
para facilitar a fiscalização. A medida, que não é retroativa, entra
em vigor assim que for publicada
no "Diário Oficial" da União.
Darcy disse que essas regras não
têm como objetivo criar dificuldades para quem quiser abrir novos bancos no país ou reserva de
mercado para os que já existem. O
objetivo, segundo ele, é aumentar
o controle do BC para beneficiar a
sociedade.
Enquanto nos Estados Unidos e
no Canadá o processo de abertura
de bancos demora anos, no Brasil
essa autorização é concedida em
meses, disse o diretor do BC.
O CMN também decidiu que as
operadoras de seguro saúde terão
que seguir as mesmas normas fixadas pela Susep (Superintendência Nacional de Seguros Privados).
Ou seja, devem obedecer aos
mesmos critérios sobre quantidade de reservas e provisões que são
exigidos de outras seguradoras.
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