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Dilma estima investimentos de R$ 56 bi para transportes no segundo mandato
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao participar ontem de seminário promovido pelo TCU
(Tribunal de Contas da União)
sobre perspectivas na área de
transportes, a ministra-chefe
da Casa Civil, Dilma Rousseff,
estimou investimentos da ordem de R$ 55,6 bilhões para o
setor nos próximos quatro
anos. O cálculo inclui recursos
do Orçamento da União e do
setor privado.
"Nas obras de expansão das
rodovias que não têm mercado,
a maioria dos investimentos seria com recursos públicos. Em
quatro anos, R$ 12 bilhões",
disse. "Agora, nas ferrovias, a
parte maior [dos investimento]
é privada", explicou.
Conforme dados disponíveis
no Siafi (sistema informatizado
com dados das contas do governo federal), os investimentos
totais, que incluem todas as
áreas, e não só infra-estrutura,
nos três primeiros anos do governo Lula somaram R$ 24 bilhões. Se forem gastos dos R$
12 bilhões previstos para este
ano, chegarão a R$ 36 bilhões.
Dilma expôs os dados durante palestra que serviu para abrir
o seminário no TCU. Antes de
começar a falar sobre os investimentos do atual governo, a
ministra fez críticas ao governo
Fernando Henrique Cardoso
(1995-2002). "O planejamento
vinha sendo desmontado desde
1997. Essa é a pura realidade",
disse. "Nós [do atual do governo] é que voltamos a planejar a
longo prazo. Bom projeto implica bom planejamento."
Sobre investimentos nos
próximos quatro anos, a ministra estimou gastos de R$ 2 bilhões para a recuperação das
atuais rodovias. Outros R$ 2 bilhões serviriam para recuperar
ferrovias e mais R$ 2,45 bilhões
para obras em portos.
Para obras de expansão, além
dos R$ 12 bilhões para a malha
viária, seriam necessários outros R$ 12 bilhões também para
a malha ferroviária. Para a expansão de portos, o montante
estimado é de R$ 5 bilhões.
Dilma disse que os dados
apresentados por ela servem
para planejamento estratégico.
Afirmou ainda que o governo
está estudando a elaboração de
uma lista de obras prioritárias.
Questionada se o aumento de
investimentos em infra-estrutura vai reduzir a meta de superávit primário, hoje de 4,25%
do PIB, disse que a possibilidade sempre existiu e que "pode
ser feita a qualquer momento".
Negociado com o FMI, o PPI
(Programa Piloto de Investimento) prevê que tais despesas
possam ser abatidas da meta de
superávit primário.
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