São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 2006

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Brasil crescerá 4% só em 2008, diz OCDE

Organismo reduz previsão do PIB para 2006 e 2007; ritmo da economia deve ser inferior ao de Rússia, Índia e China

Apesar de redução, entidade aponta sinais positivos na economia brasileira, como forte consumo privado e retorno de investimentos


DA REDAÇÃO

A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) disse que o crescimento do PIB (Produto Interno Brasileiro) brasileiro só superará a casa dos 3% em 2008, quando deverá chegar a 4% -número aquém dos 5% prometidos pelo governo Lula a partir do ano que vem.
A organização também reduziu suas previsões de crescimento do país para este ano e para o próximo. Agora, projeta uma expansão de 3,1% em 2006 e 3,8% em 2007. Em documento apresentado há seis meses, o órgão acreditava em uma expansão de 3,8% e 4%, respectivamente. Assim, o Brasil deverá ter um crescimento similar ao do México nos próximos dois anos.
Apesar da redução na previsão de crescimento, a OCDE aponta sinais positivos na economia brasileira. Para a entidade, a atividade está mostrando sinais de recuperação, depois de uma queda no segundo trimestre, o consumo privado continua forte e o investimento deve se recuperar.
Na semana passada, o organismo afirmou que, para acelerar o ritmo de crescimento, o país precisa melhorar a qualidade do ajuste fiscal, o aumento do investimento em inovação no setor privado e a ampliação do emprego formal.
A nota positiva do documento apresentado ontem é que o Brasil é o único integrante dos Brics (grupo que também inclui Rússia, China e Índia) que não apresentará queda no crescimento do PIB em 2007 na comparação com o ano anterior. Porém, a previsão para o Brasil fica distante da dos outros três emergentes.
Para a China, a OCDE projeta uma expansão de 10,3%. No caso da Índia, a estimativa é que ela será de 7,5%. A previsão para a Rússia é a mais modesta, crescimento de 6% em 2007.

Crescimento mundial
A OCDE cortou em 0,4 ponto a projeção de expansão de seus 30 membros, para 2,5% -o menor nível desde 2003.
Para a economia americana, o órgão prevê uma expansão de 3,3% neste ano e de 2,4% em 2007. A estimativa anterior era de 3,3% e de 3,1%, respectivamente. Segundo a OCDE, a queda na projeção dos EUA não deverá afetar o crescimento nos 12 países da zona do euro.


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