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Governo britânico fica com o controle do RBS
Reino Unido paga US$ 23,1 bi por 58% do banco
DA REDAÇÃO
O governo do Reino Unido
assumiu o controle acionário
do banco Royal Bank of Scotland, depois do fracasso da sua
tentativa de levantar capital. O
governo ficará com 57,9% das
ações da segunda maior instituição financeira britânica por
US$ 23,1 bilhões.
A medida já era esperada
porque o valor das ações que o
RBS emitiu para tentar não
precisar da ajuda governamental estava muito acima do preço
cobrado no mercado. As ações
do banco estavam desde o dia 7
deste mês abaixo do valor estabelecido na sua emissão. Pelo
preço dos papéis no fechamento dos mercados anteontem, o
contribuinte britânico teve um
prejuízo de US$ 3 bilhões com
o investimento. Mas o governo
só deve se desfazer dos papéis
quando conseguir obter lucro
com a operação.
Ao anunciar o seu plano de
injeção de capital nas instituições financeiras, no início de
outubro, o governo deu prazo
para que os acionistas dos bancos também pudessem comprar os papéis. O que não ficasse com os acionistas seria assumido pelo governo.
Em troca, o banco teve que
assumir uma série de contrapartidas, como limite nos salários pagos aos seus executivos e
restrições no pagamento de dividendos aos acionistas.
"Nós saudamos a finalização
do processo de levantamento
de capital, que fortaleceu consideravelmente o capital do
RBS", afirmou em comunicado
o novo presidente-executivo do
banco, Stephen Hester.
Hester, que assumiu o comando do banco no lugar de
Fred Goodwin, disse "lamentar" o fato de os acionistas não
terem comprado mais ações da
instituição, mas que entende
"que o sentimento do mercado
em relação ao setor bancário
tornou [a operação] não-econômica no curto prazo".
Além do RBS, o Lloyds TSB e
o HBOS receberam ajuda do
governo, em um plano que foi
elogiado por analistas e usado,
ao menos parcialmente, por
países como os EUA.
Com agências internacionais
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