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Conferência expõe resistência de países ricos
DO ENVIADO A DOHA
Esvaziada pelo reduzido
número de chefes de Estado,
a Conferência da ONU de Financiamento para o Desenvolvimento ilustra a resistência dos países ricos em
pôr em prática a reforma do
sistema financeiro mundial
que defendem na retórica.
Também expõe uma queda-de-braço dentro da ONU.
Ela fica clara com a ausência dos chefes das duas principais agências econômicas
da organização, o Banco
Mundial e o FMI (Fundo
Monetário Internacional),
instituições que são o alvo
principal dos debates.
Apesar do esforço do secretário-geral da ONU, Ban
Ki-moon, apenas dois dos líderes presentes na reunião
de cúpula do G20, há duas semanas em Washington, estarão em Doha. "Durante a
reunião de Washington, conversei com o presidente Lula
e todos os outros líderes, um
a um, e pedi para que viessem", disse Ban à Folha.
Os presidentes da França,
Nicolas Sarkozy, e da África
do Sul, Kgalema Motlanthe,
foram os únicos a atender ao
apelo de Ban, que resistiu à
pressão dos que queriam
adiar a conferência para dar
tempo de as medidas anunciadas pelo G20 serem digeridas. "O adiamento enviaria
o sinal errado ao mundo."
Mas as ausências mais comentadas são as do presidente do Banco Mundial,
Robert Zoelick, e do diretor-gerente do FMI, Dominique
Strauss-Kahn. "Eles deveriam estar aqui", disse Sha
Zukang, subsecretário da
ONU para Assuntos Econômicos e Sociais.
(MN)
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