São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2008

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Conferência expõe resistência de países ricos

DO ENVIADO A DOHA

Esvaziada pelo reduzido número de chefes de Estado, a Conferência da ONU de Financiamento para o Desenvolvimento ilustra a resistência dos países ricos em pôr em prática a reforma do sistema financeiro mundial que defendem na retórica.
Também expõe uma queda-de-braço dentro da ONU.
Ela fica clara com a ausência dos chefes das duas principais agências econômicas da organização, o Banco Mundial e o FMI (Fundo Monetário Internacional), instituições que são o alvo principal dos debates.
Apesar do esforço do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apenas dois dos líderes presentes na reunião de cúpula do G20, há duas semanas em Washington, estarão em Doha. "Durante a reunião de Washington, conversei com o presidente Lula e todos os outros líderes, um a um, e pedi para que viessem", disse Ban à Folha.
Os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e da África do Sul, Kgalema Motlanthe, foram os únicos a atender ao apelo de Ban, que resistiu à pressão dos que queriam adiar a conferência para dar tempo de as medidas anunciadas pelo G20 serem digeridas. "O adiamento enviaria o sinal errado ao mundo."
Mas as ausências mais comentadas são as do presidente do Banco Mundial, Robert Zoelick, e do diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn. "Eles deveriam estar aqui", disse Sha Zukang, subsecretário da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais. (MN)


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