São Paulo, quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

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Petróleo é maior risco, diz americano

DA REPORTAGEM LOCAL

A economia vai crescer menos em 2005 e o governo brasileiro deve ficar de olho nos preços internacionais do petróleo. A opinião é do economista Edwin Truman, especialista em finanças mundiais e inflação do IIE (Instituto Internacional de Economia).
"A expansão brasileira será menor porque o país vai acompanhar a tendência de desaceleração observada em todo o mundo", prevê Truman. "O maior risco externo à economia brasileira é uma nova oscilação brusca do petróleo. Isso acabaria pressionando ainda mais os preços dos combustíveis, e o repique inflacionário seria certo", afirmou.
Ex-secretário-adjunto do Tesouro americano na segunda gestão de Bill Clinton, Truman foi um dos principais defensores da ajuda do FMI ao Brasil em 2001, quando a desconfiança do mercado em relação ao resultado das eleições presidenciais secou a entrada de capital estrangeiro no país. Queria, porém, que o então candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, assinasse uma carta se comprometendo a manter as diretrizes da política tucana.
Para o economista, em férias na Flórida, o BC do Brasil age bem ao ser cuidadoso em relação à política monetária, pois acredita ter sido ela a grande responsável pelo crescimento da economia em 2004. "As metas brasileiras são consistentes. Estou certo que o BC trabalha com o melhor número possível para a meta", avalia Truman. "Além disso, existem as bandas de 2,5 pontos porcentuais." (JANAÍNA LEITE)

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