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MERCADO FINANCEIRO
Nove empresas estrearam na Bovespa neste ano; pregão fecha em baixa de 0,7%, e dólar sobe 0,26%
Bolsa tem recorde de abertura de capital
IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE
Um número recorde de empresas fez oferta pública inicial de
ações na Bovespa neste ano.
Nove companhias estrearam na
Bolsa em 2005 e ingressaram no
nível 2 ou no Novo Mercado
-segmentos que exigem maior
transparência e práticas de boa
governança corporativa por parte
das empresas.
Segundo o superintendente-geral da Bovespa, Gilberto Mifano,
trata-se do "maior número absoluto de ofertas iniciais dos últimos
20 anos".
"Tivemos lá no passado um outro processo que era estimulado
por incentivos fiscais de abertura
de capital. Mas não tinha qualidade. Hoje, o importante é que as
aberturas de capital são conscientes. Começou no ano passado e
está se consolidando neste ano."
Nos últimos dois anos, 16 empresas fizeram ofertas iniciais de
ações na Bovespa. Na avaliação de
Mifano, isso mostra que as companhias querem ter parceiros para se desvincular de empréstimos
bancários.
O presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho, ressalta
que a cada lançamento de ações,
novos investidores pessoas físicas
entram no mercado.
"Seguindo essa linha, acredito
que daqui a cinco ou seis anos já
teremos um mercado realmente
sólido e eficiente que proporcionará a abertura de capital no longo prazo para todas as empresas e
principalmente a entrada de novos investidores", avalia.
O IGC (Índice de Ações com
Governança Corporativa Diferenciada), composto por ações de
empresas listadas no nível 1, nível
2 ou Novo Mercado da Bovespa,
acumula alta de 43,16% no ano até
o fechamento de ontem. No mesmo período, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) teve
valorização bem inferior: 26,5%.
O penúltimo pregão de 2005 da
Bovespa foi morno. O Ibovespa,
fechou com baixa de 0,70%.
O mercado de câmbio foi marcado pela volatilidade, apesar de a
movimentação financeira não ter
sido muito elevada.
Ontem o Banco Central atuou
comprando dólares tanto no
mercado futuro quanto no à vista
(diretamente dos bancos), o que
não ocorreu na terça. Isso ajudou
a fazer com que o dólar fechasse
em alta, de 0,26%, a R$ 2,345. Do
mercado futuro, foram retirados
US$ 356 milhões.
(Colaborou a Reportagem Local)
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