São Paulo, quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Nove empresas estrearam na Bovespa neste ano; pregão fecha em baixa de 0,7%, e dólar sobe 0,26%

Bolsa tem recorde de abertura de capital

IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE

Um número recorde de empresas fez oferta pública inicial de ações na Bovespa neste ano.
Nove companhias estrearam na Bolsa em 2005 e ingressaram no nível 2 ou no Novo Mercado -segmentos que exigem maior transparência e práticas de boa governança corporativa por parte das empresas.
Segundo o superintendente-geral da Bovespa, Gilberto Mifano, trata-se do "maior número absoluto de ofertas iniciais dos últimos 20 anos".
"Tivemos lá no passado um outro processo que era estimulado por incentivos fiscais de abertura de capital. Mas não tinha qualidade. Hoje, o importante é que as aberturas de capital são conscientes. Começou no ano passado e está se consolidando neste ano."
Nos últimos dois anos, 16 empresas fizeram ofertas iniciais de ações na Bovespa. Na avaliação de Mifano, isso mostra que as companhias querem ter parceiros para se desvincular de empréstimos bancários.
O presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho, ressalta que a cada lançamento de ações, novos investidores pessoas físicas entram no mercado.
"Seguindo essa linha, acredito que daqui a cinco ou seis anos já teremos um mercado realmente sólido e eficiente que proporcionará a abertura de capital no longo prazo para todas as empresas e principalmente a entrada de novos investidores", avalia.
O IGC (Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada), composto por ações de empresas listadas no nível 1, nível 2 ou Novo Mercado da Bovespa, acumula alta de 43,16% no ano até o fechamento de ontem. No mesmo período, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) teve valorização bem inferior: 26,5%.
O penúltimo pregão de 2005 da Bovespa foi morno. O Ibovespa, fechou com baixa de 0,70%.
O mercado de câmbio foi marcado pela volatilidade, apesar de a movimentação financeira não ter sido muito elevada.
Ontem o Banco Central atuou comprando dólares tanto no mercado futuro quanto no à vista (diretamente dos bancos), o que não ocorreu na terça. Isso ajudou a fazer com que o dólar fechasse em alta, de 0,26%, a R$ 2,345. Do mercado futuro, foram retirados US$ 356 milhões.
(Colaborou a Reportagem Local)

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