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BEBIDAS
Executivos vindos da AmBev ocupam cargos altos
Com entrada de Brito no comando, brasileiros tomam a frente na InBev
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A entrada de Carlos Brito, 45, no
comando da InBev, empresa resultado da união de Interbrew e
AmBev, é um dos sinais do maior
peso dado aos brasileiros no futuro da segunda maior cervejaria do
mundo em vendas. O anúncio oficial do novo cargo do executivo
foi feito na terça-feira.
Sistemático e disciplinado, Brito, 45, vai integrar a partir da segunda semana de janeiro uma
equipe de cerca de 30 brasileiros
já empregados no escritório-sede
da Inbev. Também a partir de janeiro, Miguel Patrício, ex-diretor
de marketing da AmBev, assumirá o cargo de CEO da Bélgica, que
inclui Luxemburgo. Tem mais: o
EBM (Executive Board Management) da InBev, que conta com
cinco brasileiros, "aumentou a
sua função de mediador [algo]
consistente com a meta da InBev
de alcançar maior eficiência por
meio de uma maior disciplina financeira e de custos", informa o
comando da cervejaria belga em
seu último relatório financeiro.
No EBM estão os brasileiros:
Carlos Brito, CEO da InBev, Luiz
Fernando Edmond, presidente da
zona latino-americana, Felipe
Dutra, principal executivo de finanças da InBev, Cláudio Garcia,
vice-presidente de Tecnologia da
Informação e Serviços Compartilhados, e Juan Vergara, vice-presidente de Suprimentos da InBev.
A atuação dos executivos brasileiros numa AmBev com Ebitda
(geração de caixa) e margem de
lucro em crescimento "casa" com
o cenário de reestruturação de
gastos do grupo. Comunicado do
grupo em 14 de dezembro informava que a InBev na França deve
cortar 303 empregados e que outros 184 seriam redistribuídos. Na
empresa na Bélgica, foi anunciado
em novembro que 232 pessoas seriam demitidas, ou 8% do total.
Especialistas questionavam ontem na mídia a possibilidade de
essa "integração dar novas cores"
a um setor classificado como "envelhecido", segundo o jornal econômico belga "L'Echo".
A crise de demanda enfrentada
pelo setor em diversos países somado ao fato de existir uma concorrência mais feroz no mundo
hoje exigiriam das empresas uma
ginástica financeira maior.
A InBev registrou até setembro
vendas de 8,4 bilhões (R$ 22,6
bilhões) e a concorrente Anheuser-Busch, de US$ 11,6 bilhões
(R$ 27,2 bilhões).
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