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Juros atingem menor patamar desde 2000
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os juros cobrados nos
empréstimos bancários
caíram pelo 11º mês seguido em dezembro, segundo
pesquisa feita pelo Banco
Central. No final de 2007,
a taxa média estava em
33,8% ao ano, a mais baixa
já registrada pelo levantamento do BC, que é feito
desde 2000, embora ainda
elevado na comparação
com outros países.
O recuo observado nos
juros médios dos empréstimos, porém, esconde um
efeito estatístico que costuma ser comum em dezembro. Nessa época, normalmente se observa um
aumento na renda da população, devido ao pagamento do 13º salário e aos
empregos temporários.
Combinados, esses fatores fazem com que muita
gente opte por quitar parte de suas dívidas, especialmente aquelas cujas
taxas são mais altas. O volume de financiamentos
oferecidos por meio do
cheque especial, por
exemplo, caiu 10% entre
novembro e dezembro.
Como os juros médios
são calculados pelo BC de
acordo com o peso que cada modalidade de crédito
tem no saldo total de financiamentos, esse movimento de fim de ano distorce um pouco os resultados finais. Apesar da queda na taxa média, o custo
de um financiamento de
automóvel, por exemplo,
subiu de 28,5% ao ano para 28,8% nos últimos dois
meses de 2007.
Altamir Lopes, do BC,
diz que o nervosismo no
mercado financeiro nas
últimas semanas provocou aumento no custo de
captação dos bancos, e
parte desse aumento foi
repassado aos juros cobrados nos empréstimos.
Entre janeiro e dezembro de 2007, os juros médios dos financiamentos
contraídos por empresas
caíram de 26,2% ao ano
para 22,9%. Para pessoas
físicas, a queda foi de
52,3% ao ano para 43,9%.
Mesmo com a expectativa
de que o custo dos financiamentos não continue
caindo nessa velocidade
em 2008, analistas se mostram otimistas em relação
à expansão do crédito.
"Ainda temos muito espaço para crescer. No Brasil, o crédito ainda representa uma parcela pequena do PIB", diz José Arthur Assunção, vice-presidente da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento).
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