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Europa ataca plano dos EUA de proteção ao aço
Pacote quer que obras usem só produto americano
DA REDAÇÃO
A Comissão Europeia (o braço executivo do bloco) disse
que irá contestar a proposta
americana de usar apenas aço
produzido nos EUA nas obras
que usarão dinheiro do plano
de estímulo à economia.
"Caso seja aprovada uma lei
que proíba a venda ou a compra
de produtos europeus em território americano, isso não será
algo que ficaremos parados ignorando", afirmou o porta-voz
do organismo, Peter Power. Ele
disse que a comissão pretende
"estudar cuidadosamente os
detalhes da legislação antes que
possamos dizer que os Estados
Unidos estão violando quaisquer tratados comerciais".
A reação europeia é resultado do pacote de US$ 819 bilhões aprovado anteontem pelos deputados americanos para
tentar estimular a principal
economia mundial. Um dos
pontos do documento estabelece que o aço usado nas obras do
pacote tenha sido produzido
nos Estados Unidos, com algumas exceções, como se não
houver quantidade ou qualidade suficiente ou se a inclusão do
produto local fizer com que o
custo da obra aumente em mais
de 25%.
O texto aprovado pelos deputados ainda precisa ser discutido pelo Senado, que negocia
uma proposta ainda mais radical: todas as obras do pacote terão que usar equipamentos e
produtos fabricados nos EUA.
Mas algumas empresas americanas, como a Caterpillar, já
disseram ser contrárias à proposta, temendo que outros países que vão adotar pacotes de
estímulo, como os europeus e a
China, adotem medidas protecionistas semelhantes.
Em 2007, o Brasil exportou
US$ 1,296 bilhão em produtos
siderúrgicos para os EUA, o que
representou 19,6% das vendas
externas do setor naquele ano.
No Brasil
O IBS (Instituto Brasileiro de
Siderurgia) pediu ontem ao
presidente Lula novos cortes
na taxa de juros e maior desoneração de impostos para
aquecer o mercado interno .
O presidente interino do IBS,
André Johannpeter, da Gerdau, afirmou ainda que o setor
espera que o governo prorrogue a redução do IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados) sobre os automóveis, que
valerá até março. A medida garante a manutenção de produção de aço. Segundo ele, o setor
não fez ainda prognósticos para
este ano devido à instabilidade
do mercado.
Com agências internacionais
e a Sucursal de Brasília
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