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SONDAGEM
Intenção de demissões na indústria é a menor desde 1986
MARIANA SALLOWICZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE
O número de empresários
da indústria que pretendem
demitir trabalhadores nos
próximos três meses atingiu
o menor nível desde 1986, segundo pesquisa da FGV
(Fundação Getulio Vargas)
divulgada ontem. O percentual chegou a 5,7% em janeiro, ante 8% em dezembro.
"Em duas décadas, é o menor número de empresas que
vão demitir no setor", afirma
Aloisio Campelo, coordenador de sondagens conjunturais da FGV. Em janeiro do
ano passado, o indicador de
cortes chegou a 29,7% -o
maior percentual de 2009.
Até março, 26,5% das empresas querem ampliar o
quadro de funcionários, enquanto 67,80% devem mantê-lo estável.
Em linha com a intenção
de demitir poucos trabalhadores está a perspectiva dos
empresários em relação ao
futuro dos negócios. O levantamento, feito com 1.141 empresas, aponta que 66,6%
acreditam que haverá melhora de desempenho nos
próximos seis meses, ante
4,4% que preveem piora.
Com isso, o Índice de Situação Futura dos Negócios ficou em 162,2, um recorde.
Segundo Campelo, os números mostram que a expectativa para este ano é de retomada de investimentos. "A
perspectiva é de evolução
por causa da combinação de
uma série de fatores, como
juros, câmbio e demanda interna, muito favorável."
A única incerteza para a
indústria em 2010, segundo
ele, é o mercado externo. "O
aquecimento das exportações vai depender da velocidade de recuperação da economia mundial."
O Índice de Confiança da
Indústria, que mostra o grau
de otimismo do empresariado, também registrou recorde neste mês, 113,6 pontos,
com leve crescimento de
0,2% ante o mês passado.
Trata-se do maior nível desde julho de 2008 (113,7 pontos) e da 12ª alta consecutiva.
Já o indicador que mede o
uso da capacidade instalada
poderá alcançar, neste ano,
86,7%, voltando ao patamar
de junho de 2008. Em janeiro, foi de 83,8%.
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