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Dólar tem maior queda no ano e fecha abaixo de R$ 1,80
Com cenário externo positivo,
Bolsa de SP avança 1,83%
DENYSE GODOY
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a sua maior queda no
ano, de 1,69%, o dólar terminou
o dia, ontem, vendido a R$
1,799. Ainda assim, a moeda
americana acumula valorização de 3,21% em 2010.
No mercado de ações, a segunda-feira também foi de bom
humor. A Bolsa de Valores de
São Paulo avançou 1,83% e
atingiu 69.939 pontos.
"Depois de um certo estresse
na semana passada por causa
do aumento das taxas dos títulos do Tesouro americano, boas
notícias que saíram hoje acalmaram os investidores", afirma
Milton Wagner, diretor da
Wagner Investimentos.
Ele se refere à divulgação de
previsões de que o crescimento
da economia da China supere
13% no primeiro trimestre, à
bem-sucedida venda de títulos
realizada pela Grécia e aos números sobre os gastos do consumidor americano. Tais dispêndios aumentaram 0,3% em
fevereiro, na sua quinta elevação consecutiva.
De acordo com a análise de
Wagner, a maior parte dos investidores está posicionada acima dos 67 mil pontos. Ou seja, o
valor dos papéis que bancos e
fundos têm em mãos é maior
do que o representado por esse
nível da Bolsa. Então, o mercado acionário deve continuar em
alta, assim como o dólar tende a
recuar um pouco mais nos próximos dias, pois os investidores
apostam na queda.
Segundo Pedro Galdi, chefe
de análise da corretora SLW, os
investidores estão correndo
contra o tempo para recuperar
os ganhos do ano antes do final
do primeiro trimestre. A ideia é
que a Bolsa termine março com
alta no ano acima do CDI, a taxa
de juros do mercado interbancário. Até ontem, a Bolsa tinha
ganhos de 1,97% no ano, enquanto o CDI acumulava variação de 1,92%.
"Há todo um embelezamento das carteiras no final do primeiro trimestre. A Bolsa subiu
mais de 5% no mês, mas no ano
ainda estava no zero a zero até
sexta; agora que chegou a
1,97%, equivale [o rendimento]
a um bom CDI."
Para Sidney Nehme, diretor
da corretora NGO, o dólar tem
condições de terminar março
na casa de R$ 1,76. Segundo
Nehme, os bancos estão apostando pesado -cerca de US$ 10
bilhões entre os mercados à
vista e futuro- na depreciação
da moeda americana. No lado
oposto, estão os investidores
estrangeiros, que mantêm
apostas de US$ 3 bilhões na alta
da moeda americana, como estratégia defensiva para proteger suas aplicações de eventual
solavanco no câmbio.
"O Banco Central mudou de
lado e agora deseja que o real
tenha um pouco de apreciação.
A autoridade monetária não
aumentou os juros na reunião
do Copom, mas espera que o
câmbio ajude a segurar um
pouco a inflação", disse.
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