DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoino, negou "peremptoriamente" que a sigla receba recursos provenientes de acordos entre os fundos de pensão e a Telecom Italia. Por meio de sua assessoria, ele não quis comentar as demais afirmações feitas pelo presidente da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb), Valmir Camilo.
A Telecom Italia disse, por meio de sua assessoria, que não iria se pronunciar diante de "afirmações tão inverossímeis" quanto as de Camilo.
O presidente da Previ (fundo de pensão patrocinado pelo Banco do Brasil), Sérgio Rosa, e os demais conselheiros da entidade - inclusive os indicados pelo fundo de pensão ao Conselho da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) - preferiram aguardar a publicação da entrevista antes de qualquer manifestação.
Em correspondência enviada à Folha, a Previ afirmou "que tem como regra geral não comentar publicamente negócios e processos em andamento, de forma a proteger os interesses e as estratégias negociais da entidade". Além disso, por Valmir Camilo tratar-se "de membro do Conselho Deliberativo, portanto integrante da Administração da Previ, nosso entendimento é no sentido de aguardar a publicação de tais declarações e consultar as instâncias de administração da Previ para avaliar o posicionamento diante das informações publicadas, podendo desta forma melhor contribuir para o esclarecimento dos fatos".
A Vale e o presidente do conselho da Brasil Ferrovias não quiseram comentar as declarações de Camilo. Igual decisão foi comunicada por assessores do ministro de Comunicação e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken; do secretário de Previdência Complementar, Adacir Reis; do presidente do Banco do Brasil, Rossano Maranhão, e do banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. O Bradesco, via assessoria, negou qualquer negociação com sua participação na Brasil Ferrovias ou gestões na Vale. (JL)


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