São Paulo, segunda-feira, 30 de abril de 2007

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Mercado Aberto

@ - guilherme.barros@uol.com.br

Americanos desconhecem o álcool brasileiro

A população americana é mais simpática ao álcool do que se imagina, apesar de não estar bem informada sobre a produção brasileira. A maioria não sabe que o governo de seu país cobra taxa ao nosso álcool, encarecendo o combustível produzido nos EUA. Quando informados, a maior parte deles se diz favorável à redução da taxa.
As conclusões são de estudo do Ipsos, que abordou americanos acima de 18 anos, entre os dias 13 e 15 de março, logo após a visita do presidente dos EUA, George W. Bush, ao Brasil.
Em 1.001 questionários, o Ipsos perguntou aos americanos se sabiam que o governo deles cobrava US$ 0,54 de sobretaxa ao álcool brasileiro importado. Cerca de 80% responderam que não sabiam.
Quando questionados se seriam a favor da redução da sobretaxa ao álcool brasileiro, 57% disseram que sim.
Para Luciano Almeida, presidente do Arranjo Produtivo Local do Álcool de Piracicaba e diretor do Departamento de Infra-Estrutura do Ciesp, a pesquisa mostra que o tema não é bem discutido nos EUA.
A maioria, 70%, acredita que o álcool brasileiro mais barato contribuiria para tornar os EUA menos dependentes do petróleo do Oriente Médio. E, se os EUA não fossem tão dependentes do petróleo, não haveria necessidade de suas tropas estarem em locais tão distantes, segundo 59%.
A gasolina poderia ser substituída pelos motoristas americanos. Cerca de 68% considerariam a hipótese de ter um carro que use outro combustível.
Entre os combustíveis alternativos mais atraentes, o híbrido e o álcool têm 33% e 14% respectivamente. O plug-in elétrico foi citado por 13%, e outros 13% citaram o hidrogênio.
O fato de o álcool ser lembrado por aproximadamente o mesmo número de pessoas que citaram o hidrogênio e o carro elétrico, na opinião de Almeida, é preocupante. "Eles não distinguem os três, sendo que o álcool já é fato consumado e os outros não estão em tamanho grau de desenvolvimento."

ARQUITETURA DE NEGÓCIOS
A Asbea (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) realiza em maio uma edição de sua assembléia anual, pela primeira vez, em outro país. A assembléia, que reúne os titulares dos principais escritórios de arquitetos do Brasil para discutir temas da arquitetura nacional, ocorrerá em Buenos Aires e será organizada como uma missão cultural entre Brasil e Argentina. A programação, que vai girar em torno das tendências da sustentabilidade, tem também o objetivo de promover debates sobre o mercado e proporcionar negócios na área. "Serão apresentados cases que poderão fomentar futuras parcerias entre escritórios e outros players do mercado da construção", diz Paulo Lisboa, vice-presidente da Asbea. O evento terá apoio oficial do Consulado Argentino em São Paulo, da Embaixada Brasileira em Buenos Aires, da Fiesp e da Sociedad Central de Arquitectos. A Asbea levará nomes como Alberto Botti, Sidonio Porto, Siegbert Zanetinni, Roberto Aflalo, Sérgio Tepperman e Aníbal Coutinho. Da Argentina, participará Clorindo Testa.

DENÚNCIA
O Sindicato dos Metalúrgicos de SP, filiado à Força Sindical, reúne-se com Miguel Jorge na quinta para discutir problemas de importação no setor e o impacto no emprego em SP. Empresas dos setores de eletrodomésticos e de metais sanitários estão importando produtos da China e vendem como se fossem produzidos no Brasil. "Quem paga a conta são os metalúrgicos, que perdem o emprego", diz Eleno José Bezerra, presidente do sindicato. Os nomes das empresas estão sob sigilo.

COM CLORO
A produção de cloro teve alta de 0,9% no primeiro trimestre em comparação com igual período de 2006, segundo a Abiclor (associação da indústria de álcalis, cloro e derivados). O consumo aparente do produto ficou estável com variação positiva de 1%. Na média do trimestre, a taxa de utilização da capacidade instalada foi de 90,2%, ou 0,9% superior ao resultado médio registrado no primeiro trimestre de 2006. Com relação à soda cáustica, a produção foi 1,8% maior do que em 2006.

BILHETERIA
A Soma (Sociedade Mobilizadora) -de Beatriz Corrêa da Fonseca, Clara Wajnsztejn, Dulce Auriemo, Elisabete Arbaitman, Margarida Avelar, Márcia Goldfarb, Raquel Piva, Sandra de Nadai, Sarita Salomão, Suzana Trípoli e Thays Tilkian- promove, no dia 2 de maio, o espetáculo "Às favas com os escrúpulos". A peça marcará a inauguração do Teatro Raul Cortez, no Edifício da Federação e Comércio e conta com a volta de Bibi Ferreira aos palcos. A renda obtida nessa noite será doada para a Fundação Oftamológica Dr. Rubem Cunha e o instituto Sou da Paz.

APOSTA
O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, está convicto de que o Estado será um gigante do etanol no futuro. Atualmente, há 11 usinas instaladas em dez municípios. Essas usinas produzem 800 mil metros cúbicos de cana plantada em 200 mil hectares. Já existem 31 pedidos de novas instalações no Conselho de Desenvolvimento Industrial de Mato Grosso do Sul. São R$ 12 bilhões de investimentos, que vão gerar 300 mil empregos diretos em 25 municípios. A expectativa do governo é passar de 200 mil hectares de plantação para 1,2 milhão em 2012.


com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA

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