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Mercado Aberto
@ - guilherme.barros@uol.com.br
Americanos desconhecem o álcool brasileiro
A população americana é
mais simpática ao álcool do que
se imagina, apesar de não estar
bem informada sobre a produção brasileira. A maioria não
sabe que o governo de seu país
cobra taxa ao nosso álcool, encarecendo o combustível produzido nos EUA. Quando informados, a maior parte deles se
diz favorável à redução da taxa.
As conclusões são de estudo
do Ipsos, que abordou americanos acima de 18 anos, entre os
dias 13 e 15 de março, logo após
a visita do presidente dos EUA,
George W. Bush, ao Brasil.
Em 1.001 questionários, o Ipsos perguntou aos americanos
se sabiam que o governo deles
cobrava US$ 0,54 de sobretaxa
ao álcool brasileiro importado.
Cerca de 80% responderam
que não sabiam.
Quando questionados se seriam a favor da redução da sobretaxa ao álcool brasileiro,
57% disseram que sim.
Para Luciano Almeida, presidente do Arranjo Produtivo Local do Álcool de Piracicaba e diretor do Departamento de Infra-Estrutura do Ciesp, a pesquisa mostra que o tema não é
bem discutido nos EUA.
A maioria, 70%, acredita que
o álcool brasileiro mais barato
contribuiria para tornar os
EUA menos dependentes do
petróleo do Oriente Médio. E,
se os EUA não fossem tão dependentes do petróleo, não haveria necessidade de suas tropas estarem em locais tão distantes, segundo 59%.
A gasolina poderia ser substituída pelos motoristas americanos. Cerca de 68% considerariam a hipótese de ter um carro
que use outro combustível.
Entre os combustíveis alternativos mais atraentes, o híbrido e o álcool têm 33% e 14%
respectivamente. O plug-in elétrico foi citado por 13%, e outros 13% citaram o hidrogênio.
O fato de o álcool ser lembrado por aproximadamente o
mesmo número de pessoas que
citaram o hidrogênio e o carro
elétrico, na opinião de Almeida,
é preocupante. "Eles não distinguem os três, sendo que o álcool já é fato consumado e os
outros não estão em tamanho
grau de desenvolvimento."
ARQUITETURA DE NEGÓCIOS
A Asbea (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) realiza em maio uma edição de sua assembléia anual,
pela primeira vez, em outro país. A assembléia, que reúne os
titulares dos principais escritórios de arquitetos do Brasil
para discutir temas da arquitetura nacional, ocorrerá em
Buenos Aires e será organizada como uma missão cultural
entre Brasil e Argentina. A programação, que vai girar em
torno das tendências da sustentabilidade, tem também o objetivo de promover debates sobre o mercado e proporcionar
negócios na área. "Serão apresentados cases que poderão fomentar futuras parcerias entre escritórios e outros players
do mercado da construção", diz Paulo Lisboa, vice-presidente da Asbea. O evento terá apoio oficial do Consulado Argentino em São Paulo, da Embaixada Brasileira em Buenos Aires, da Fiesp e da Sociedad Central de Arquitectos. A Asbea
levará nomes como Alberto Botti, Sidonio Porto, Siegbert
Zanetinni, Roberto Aflalo, Sérgio Tepperman e Aníbal Coutinho. Da Argentina, participará Clorindo Testa.
DENÚNCIA
O Sindicato dos Metalúrgicos de SP, filiado à Força
Sindical, reúne-se com Miguel Jorge na quinta para
discutir problemas de importação no setor e o impacto no emprego em SP. Empresas dos setores de eletrodomésticos e de metais sanitários estão importando
produtos da China e vendem
como se fossem produzidos
no Brasil. "Quem paga a conta são os metalúrgicos, que
perdem o emprego", diz Eleno José Bezerra, presidente
do sindicato. Os nomes das
empresas estão sob sigilo.
COM CLORO
A produção de cloro teve
alta de 0,9% no primeiro trimestre em comparação com
igual período de 2006, segundo a Abiclor (associação
da indústria de álcalis, cloro
e derivados). O consumo
aparente do produto ficou
estável com variação positiva de 1%. Na média do trimestre, a taxa de utilização
da capacidade instalada foi
de 90,2%, ou 0,9% superior
ao resultado médio registrado no primeiro trimestre de
2006. Com relação à soda
cáustica, a produção foi 1,8%
maior do que em 2006.
BILHETERIA
A Soma (Sociedade Mobilizadora) -de Beatriz Corrêa da Fonseca, Clara
Wajnsztejn, Dulce Auriemo,
Elisabete Arbaitman, Margarida Avelar, Márcia Goldfarb, Raquel Piva, Sandra de
Nadai, Sarita Salomão, Suzana Trípoli e Thays Tilkian-
promove, no dia 2 de maio, o
espetáculo "Às favas com os
escrúpulos". A peça marcará
a inauguração do Teatro
Raul Cortez, no Edifício da
Federação e Comércio e
conta com a volta de Bibi
Ferreira aos palcos. A renda
obtida nessa noite será doada para a Fundação Oftamológica Dr. Rubem Cunha e o
instituto Sou da Paz.
APOSTA
O governador do Mato
Grosso do Sul, André Puccinelli, está convicto de que o
Estado será um gigante do
etanol no futuro. Atualmente, há 11 usinas instaladas em
dez municípios. Essas usinas produzem 800 mil metros cúbicos de cana plantada em 200 mil hectares. Já
existem 31 pedidos de novas
instalações no Conselho de
Desenvolvimento Industrial
de Mato Grosso do Sul. São
R$ 12 bilhões de investimentos, que vão gerar 300 mil
empregos diretos em 25 municípios. A expectativa do
governo é passar de 200 mil
hectares de plantação para
1,2 milhão em 2012.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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