PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Para reforçar seu caixa e em busca de alternativas de financiamento por causa da crise global, a Petrobras obteve uma linha de crédito de US$ 2 bilhões do U.S Ex-Im Bank, banco de fomento à importação e à exportação dos Estados Unidos.
De acordo com a estatal, o empréstimo visa "facilitar a exportação de bens e serviços dos EUA para a Petrobras, destinados à expansão das atividades da companhia". O valor poderá ser sacado em até dois anos. E o prazo de pagamento também é de dez anos.
Por conta da secura das linhas convencionais de crédito, a Petrobras procurou alternativas, como os bancos de fomento.
"Logo que eclodiu a crise, percebemos que a situação começou a se complicar nos mercados tradicionais e vimos que tínhamos de buscar novos mercado e novas fontes [de financiamento]", disse o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, em entrevista à Folha antes da conclusão da operação com o banco de fomento dos EUA.
O executivo disse ainda que negocia operações semelhantes com outros bancos de fomento à exportação de países da Ásia e da Europa. Os US$ 2 bilhões que vão entrar no caixa da Petrobras superam o US$ 1,5 bilhão captado em todo o ano passado junto às instituições de fomento à exportação.
A estatal também negociou empréstimo de longo prazo de até US$ 10 bilhões com a China numa modalidade inédita, cuja garantia é o fornecimento futuro de petróleo. A empresa assegurou ainda R$ 25 bilhões do BNDES neste ano e mais R$ 10 bilhões em 2010.
Para conseguir financiar o plano de negócios -que prevê investimentos de US$ 174 bilhões até 2014-, a Petrobras já assegurou R$ 25 bilhões do BNDES neste ano e mais R$ 10 bilhões em 2010.
Obteve ainda US$ 6,5 bilhões de um empréstimo-ponte de dois anos de um pool de bancos estrangeiros e do Banco do Brasil.


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