da Agência Folha, em Porto Alegre

A decisão da Ford de não mais instalar uma unidade em Guaíba (região metropolitana de Porto Alegre) provocou um clima de pesar na cidade, cuja prefeitura se declarou ""de luto".
O prefeito Nélson Cornetet (PTB) chorou quando o presidente da Ford do Brasil, Ivan Fonseca e Silva, se despediu da cidade, sob o coro de ""fica, fica".
Uma faixa preta foi colocada na entrada da prefeitura. Houve também uma manifestação de cerca de 500 pessoas no centro da cidade contra a saída da Ford do Estado.
Algumas lojas fecharam em protesto contra o ""fracasso" das negociações que o governo gaúcho conduziu para tentar, sem sucesso, a permanência da Ford no Estado.
Os cerca de 80 mil moradores de Guaíba esperavam ser absorvidos pela Ford. De início, a empresa geraria 1.500 empregos diretos, com salário médio de R$ 600.
""Agora, perdemos a chance", disse o prefeito, que, mais tarde, declarou ter esperanças de demover a Ford de sua decisão de trocar de Estado.

Desemprego
A região metropolitana de Porto Alegre possui 311 mil pessoas desempregadas, correspondendo a 18,6% da população economicamente ativa, conforme dados referentes a março passado. A taxa é recorde.
A Pesquisa de Emprego e Desemprego, divulgada pela FEE (Fundação de Economia e Estatística), indicou que a taxa de desocupação cresceu de 17,2% em fevereiro para 18,6% em março.
Em março, houve um aumento generalizado na taxa de desemprego para todos os segmentos populacionais, de acordo com a FEE, com destaque para os indivíduos com 40 anos e mais.


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