São Paulo, terça-feira, 30 de maio de 2006

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TERMÔMETRO

Empresários investiriam 20% a mais com menos impostos

DA REPORTAGEM LOCAL

Os empresários brasileiros estariam dispostos a investir entre 10% e 20% a mais em seus negócios, se for eliminado o cipoal de leis e regulamentos que tolhem a atividade produtiva e reduzida a carga tributária e a burocracia, segundo pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Com tal expansão, a taxa de investimentos da economia, que hoje é de 20% do PIB (Produto Interno Bruto), poderia chegar a 23% ou 25% ao ano, patamar compatível com um crescimento da economia de 7% ao ano, nível só atingido no país nas décadas de 60 e 70.
Mas a principal motivação dos empresários para investir mais ainda é o aumento da demanda e um crescimento econômico mais robusto, segundo a pesquisa.
O estudo foi encomendado pela Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) e apresentado ontem durante encontro com economistas e empresários na sede da entidade, dentro do programa de debates "Simplificando o Brasil", lançado em março de 2005.
O "Simplificando o Brasil" elenca uma série de sugestões para aumentar a atratividade de investimentos no país. Uma delas é a diminuição do número de tributos, de dez para dois, com alíquota única de 12% sobre o valor adicionado de todos e bens e serviços, sem exceção.
Segundo a pesquisa, essa proposta foi bem aceita pela maioria das empresas, dado o efeito direto nas margens de lucro, além de refletir na redução da burocracia.
"Hoje em dia 0,33% do faturamento da empresa vai para os gastos com burocracia. E, quanto menor o porte da empresa, maior o gasto, que pode chegar a 1,7% devido ao excesso de normas", diz a professora Maria Helena Zockun, coordenadora da pesquisa da Fipe.
Segundo levantamento da entidade, entre 1988 e 2004 foram criadas 219.796 normas tributárias, o que equivale a uma média diária de 56 novas regras por dia útil.


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