DA FOLHA ONLINE

O presidente da Bolívia, Evo Morales, retirou ontem as forças militares que ocupavam instalações de energia do país desde a nacionalização das reservas de hidrocarbonetos, decretada no último dia 1º.
"Não podemos seguir com soldados nos poços petrolíferos", afirmou o presidente.
No total, 56 instalações petrolíferas, incluindo unidades da Petrobras, foram ocupadas de forma pacífica por 3.139 militares neste mês.
No departamento (Estado) de Santa Cruz, onde ficam as sedes das empresas de energia, cerca de 60 soldados e policiais vigiaram escritórios e refinarias da Petrobras e de outras empresas como Repsol Andina e Chaco para evitar que fossem retirados documentos e arquivos.
Morales agradeceu aos militares que participaram das operações de ocupação das empresas estrangeiras no país.
"Se antes eram usados contra o povo, agora atuam com o povo, têm de defender o território nacional e os recursos naturais", disse o presidente.
A medida adotada pelo presidente causou mal-estar entre Brasil e Bolívia.