São Paulo, sábado, 30 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Dois terços dos aeroportos dão prejuízo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dos 67 aeroportos administrados pela Infraero, 44 deram prejuízo no ano passado, de acordo com dados fornecidos pela estatal. Eles gastaram R$ 115 milhões a mais do que arrecadaram. Considerando todos os terminais, segundo a empresa, o saldo em 2008 ficou positivo em R$ 372 milhões.
Os três aeroportos de São Paulo (Cumbica, Viracopos e Congonhas) administrados pela estatal estão no topo dos que mais ganharam. Cumbica, em Guarulhos, lucrou R$ 340 milhões, e Viracopos, em Campinas, outros R$ 108 milhões. Grande parte dessa arrecadação vem da armazenagem de produtos transportados em voos cargueiros, que é hoje a maior fonte de receita da Infraero.
De olho nesses lucros, empresas nacionais e internacionais já procuraram a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para saber detalhes das futuras concessões. Entre elas, está a Fraport, grupo com sede na Alemanha e que administra aproximadamente 60 aeroportos em todo o mundo.
No Brasil, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e outras empreiteiras de grande porte também já demonstraram interesse nas concessões.

Resistência
Apesar de parecer irreversível a decisão do governo de conceder aeroportos, a Infraero resiste. O principal argumento é que, sem a receita de seus principais terminais, não há como sustentar os aeroportos deficitários. Seus críticos rebatem dizendo que a estatal não é capaz de manter o nível de investimento de que o setor necessita.
A empresa mantém o cronograma de investimentos. Para os próximos quatro anos, prevê gastar R$ 689 milhões no Galeão e R$ 905 milhões em Viracopos.


Texto Anterior: Viracopos e Galeão devem testar modelo
Próximo Texto: Diretor da Infraero renuncia após divergências com Jobim
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.