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Dois terços dos aeroportos dão prejuízo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dos 67 aeroportos administrados pela Infraero,
44 deram prejuízo no ano
passado, de acordo com
dados fornecidos pela estatal. Eles gastaram R$ 115
milhões a mais do que arrecadaram. Considerando
todos os terminais, segundo a empresa, o saldo em
2008 ficou positivo em R$
372 milhões.
Os três aeroportos de
São Paulo (Cumbica, Viracopos e Congonhas) administrados pela estatal estão no topo dos que mais
ganharam. Cumbica, em
Guarulhos, lucrou R$ 340
milhões, e Viracopos, em
Campinas, outros R$ 108
milhões. Grande parte
dessa arrecadação vem da
armazenagem de produtos transportados em voos
cargueiros, que é hoje a
maior fonte de receita da
Infraero.
De olho nesses lucros,
empresas nacionais e internacionais já procuraram a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)
para saber detalhes das futuras concessões. Entre
elas, está a Fraport, grupo
com sede na Alemanha e
que administra aproximadamente 60 aeroportos
em todo o mundo.
No Brasil, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e
outras empreiteiras de
grande porte também já
demonstraram interesse
nas concessões.
Resistência
Apesar de parecer irreversível a decisão do governo de conceder aeroportos, a Infraero resiste.
O principal argumento é
que, sem a receita de seus
principais terminais, não
há como sustentar os aeroportos deficitários. Seus
críticos rebatem dizendo
que a estatal não é capaz
de manter o nível de investimento de que o setor necessita.
A empresa mantém o
cronograma de investimentos. Para os próximos
quatro anos, prevê gastar
R$ 689 milhões no Galeão
e R$ 905 milhões em Viracopos.
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