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PRESSÃO
IGP-M registra leve recuo de junho para julho, passando de 1,38% para 1,31%
Recuperação da demanda
já pressiona alguns preços
DA SUCURSAL DO RIO
A inflação de julho caiu muito
pouco em relação ao registrado
em junho, de acordo com o IGP-M (Índice Geral de Preços de
Mercado) deste mês. O índice ficou em 1,31%- apenas 0,07 ponto percentual abaixo do registrado no mês passado, segundo a
FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Além da inflação ter caído pouco, a recuperação da demanda
das indústrias já causou a aceleração da inflação de algumas matérias-primas, como o aço e as matérias plásticas.
"Há sinais de que a recuperação
da economia brasileira está aumentando a demanda das empresas, causando uma pressão de
preços nas matérias-primas",
afirmou o economista André
Braz, da FGV.
As matérias-primas semi-elaboradas, por exemplo, tiveram alta de preço de 2,15% em junho e
de 3,15% em julho. O grupo de
aço, ferro e derivados ficou em
3,84% depois de registrar 2,38%
no mês anterior. Já as matérias
plásticas subiram 4,63%. Em junho, cresceram 3,14%.
Os preços no atacado, medidos
pelo IPA (Índice de Preços no
Atacado), registraram alta de
1,58%, uma escalada menor do
que a do mês anterior, quando
haviam registrado elevação de
1,73%.
A principal razão para a desaceleração dos preços no atacado foi
a menor alta dos produtos agrícolas, por causa do fim do frio que
prejudicou as lavouras no mês
passado. A inflação dos agrícolas
passou de 1,23% para 0,61%.
"A desaceleração do atacado é
uma boa notícia porque significa
que o repasse para o varejo será
menor", disse o economista da
FGV.
Para o consumidor, a inflação
também foi menor. O IPC (Índice
de Preços ao Consumidor) passou de 0,76% para 0,67% de junho
para julho.
Se por um lado, os alimentos subiram menos do que no mês passado, houve em julho o impacto
dos reajustes da gasolina e das tarifas de telefonia fixa e de energia
elétrica em São Paulo, que pesaram no bolso do consumidor.
O INCC (Índice Nacional do
Custo da Construção) registrou
aceleração de preços. O índice
passou de 0,56% para 1,12% devido a dissídios salariais e à alta de
materiais e serviços do setor.
Segue a pressão
Para agosto, a expectativa da
FGV é a de que o IGP-M permaneça em torno de 1%. "Ainda
existem algumas pressões que
ainda vão contribuir para que o
IGP-M não ceda", disse Braz.
No ano, O IGP-M acumula alta
de 8,18%. Nos últimos 12 meses, a
taxa alcança 11,51%.
O IGP-M de julho foi calculado
com base em preços coletados entre os dias 21 de junho e 20 de julho. O índice é composto pelo
IPA, IPC e INCC, cujos pesos são
de 60%, 30% e 10%, respectivamente.
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