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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa paulista fecha com valorização modesta de 0,27%, e dólar recua 0,56%, para R$ 3,037
Investidor reage com cautela à ata do Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
A maior cautela dos investidores após a divulgação da ata do
Copom fez a Bolsa de Valores de
São Paulo puxar o freio de mão. A
Bovespa até conseguiu subir, mas
pouco: 0,27%.
O dólar recuou 0,56%, a R$
3,037, ainda acima do valor em
que era vendido há dez dias. Segundo analistas, ingressos de recursos por parte de exportadores
favoreceram a baixa do dólar.
Além disso, houve investidores
que venderam dólares e migraram para aplicações prefixadas,
aproveitando a elevação das taxas
de juros futuros. A ata da última
reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária) mostrou a
disposição do BC em manter os
juros inalterados por um tempo
mais longo.
O dia mais positivo no mercado
internacional e rumores de que o
Brasil está perto de ter seu "rating" (nota) elevado por alguma
agência de classificação de risco
favoreceram os ativos brasileiros.
No exterior, o preço do barril de
petróleo recuou, e as Bolsas norte-americanas fecharam em alta.
A elevação da nota da dívida soberana de um país por uma agência de classificação de risco ajuda
a aumentar o interesse dos investidores por seus títulos. Isso porque o "rating" representa a maior
ou menor capacidade de um país
honrar seus compromissos.
Os principais papéis da dívida
brasileira se valorizaram: os C-Bonds registraram ganho de
0,80%, e o Global 40 subiu 0,32%.
Com isso, o risco-país brasileiro
recuou abaixo dos 600 pontos. O
risco fechou a 592 pontos, com
baixa de 3,1%.
Bolsa
A maior cautela dos investidores se refletiu no volume negociado no pregão da Bovespa, que
caiu de R$ 1,26 bilhão na quarta
para R$ 944 milhões ontem.
A um pregão do fim do mês, o
Ibovespa (principal índice e referência da Bolsa) acumula valorização de 5,1% no período.
A ação preferencial "A" da
Comgás foi a que mais subiu ontem, ao fechar com ganho de
4,1%. O papel PN da Cesp foi o
que mais caiu: 2%.
O Tesouro Nacional conseguiu
vender ontem apenas parte dos títulos NTN-C -que são atrelados
à variação do IGP-M- ofertados.
Foram vendidos aproximadamente 25% dos papéis levados a
mercado. Hoje, o Tesouro volta a
oferecer os títulos.
(FABRICIO VIEIRA)
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