São Paulo, sexta-feira, 30 de julho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa paulista fecha com valorização modesta de 0,27%, e dólar recua 0,56%, para R$ 3,037

Investidor reage com cautela à ata do Copom

DA REPORTAGEM LOCAL

A maior cautela dos investidores após a divulgação da ata do Copom fez a Bolsa de Valores de São Paulo puxar o freio de mão. A Bovespa até conseguiu subir, mas pouco: 0,27%.
O dólar recuou 0,56%, a R$ 3,037, ainda acima do valor em que era vendido há dez dias. Segundo analistas, ingressos de recursos por parte de exportadores favoreceram a baixa do dólar.
Além disso, houve investidores que venderam dólares e migraram para aplicações prefixadas, aproveitando a elevação das taxas de juros futuros. A ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) mostrou a disposição do BC em manter os juros inalterados por um tempo mais longo.
O dia mais positivo no mercado internacional e rumores de que o Brasil está perto de ter seu "rating" (nota) elevado por alguma agência de classificação de risco favoreceram os ativos brasileiros. No exterior, o preço do barril de petróleo recuou, e as Bolsas norte-americanas fecharam em alta.
A elevação da nota da dívida soberana de um país por uma agência de classificação de risco ajuda a aumentar o interesse dos investidores por seus títulos. Isso porque o "rating" representa a maior ou menor capacidade de um país honrar seus compromissos.
Os principais papéis da dívida brasileira se valorizaram: os C-Bonds registraram ganho de 0,80%, e o Global 40 subiu 0,32%. Com isso, o risco-país brasileiro recuou abaixo dos 600 pontos. O risco fechou a 592 pontos, com baixa de 3,1%.

Bolsa
A maior cautela dos investidores se refletiu no volume negociado no pregão da Bovespa, que caiu de R$ 1,26 bilhão na quarta para R$ 944 milhões ontem.
A um pregão do fim do mês, o Ibovespa (principal índice e referência da Bolsa) acumula valorização de 5,1% no período.
A ação preferencial "A" da Comgás foi a que mais subiu ontem, ao fechar com ganho de 4,1%. O papel PN da Cesp foi o que mais caiu: 2%.
O Tesouro Nacional conseguiu vender ontem apenas parte dos títulos NTN-C -que são atrelados à variação do IGP-M- ofertados. Foram vendidos aproximadamente 25% dos papéis levados a mercado. Hoje, o Tesouro volta a oferecer os títulos.
(FABRICIO VIEIRA)


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