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"Minha eleição rompeu o status quo"
DA REPORTAGEM LOCAL
"A reação das quatro confederações patronais era esperada. Significa a derrota do
atual sistema, que permitia a
essas entidades se manterem
no poder. Essas confederações estão no Codefat [Conselho Deliberativo do Fundo
de Amparo ao Trabalhador]
exatamente para isso: pelo
poder. A minha eleição rompe com esse status quo."
A afirmação é do empresário Luigi Nese, presidente da
CNS (Confederação Nacional de Serviços), eleito anteontem presidente do Codefat sob protesto de quatro
confederações empresariais,
que deixaram o conselho.
Empresário do setor de informática desde 1967, Nese
preside há 20 anos o Seprosp
(Sindicato das Empresas de
Processamento de Dados e
Serviços de Informática do
Estado de São Paulo), que representa, segundo diz, 40 mil
companhias. Comanda também a CNS, que foi criada em
2001 e obteve registro sindical do Ministério do Trabalho no fim de 2008. As duas
entidades funcionam no terceiro andar de um prédio comercial em São Paulo.
"As empresas do setor de
serviços e o Seprosp estavam
ligados inicialmente à Fecomercio SP. Mas o setor de
serviços cresceu muito e entendemos que era hora de ter
mais representatividade. Por
isso, fundamos a Fesesp [Federação de Serviços do Estado de São Paulo], em 1994, da
qual sou vice-presidente. Depois, surgiu a CNS, que conta
hoje com apoio de seis federações empresariais."
Nese diz que é alvo de uma
série de ações judiciais para
anular as entidades sindicais
que ajudou a fundar. "Vamos
continuar batalhando porque o setor de serviços representa 67% do PIB e merece
ter sua representatividade
reconhecida."
A CNS se mantém, de
acordo com ele, com a mensalidade das seis federações
associadas que atuam no segmento de serviços, serviços
técnicos em informática, serviços culturais e de representação comercial -juntas, pagam cerca de R$ 20 mil mensais à confederação.
"Não temos estrutura
complexa funcionando, nem
funcionários, nem prédio de
30 andares como sede. Somos enxutos. Não temos recursos ainda da contribuição
sindical porque fomos reconhecidos em 2008", afirma.
Sobre o apoio recebido em
sua eleição ao comando do
Codefat, inclusive das centrais sindicais, diz: "Sempre
tive bom relacionamento
com as centrais e os sindicatos de trabalhadores que
atuam no setor de serviços".
(CLAUDIA ROLLI)
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