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Apoio à soja muda e terá antecipação de R$ 1 bi
Meta da Agricultura é evitar a drástica redução da área plantada em 2006/7
Governo pretende realizar operações com soja já em outubro, logo no início do plantio, para que o produtor tenha como se planejar
DA REUTERS
O governo tem uma nova estratégia para tentar evitar uma
drástica redução da área plantada na safra 2006/7, especialmente de soja, que inclui a antecipação de cerca de R$ 1 bilhão para apoiar a comercialização da próxima colheita.
"A idéia é ver se conseguimos
diminuir a queda [da área plantada] na próxima safra. Que vai
haver queda, vai. A crise foi
muito grave, e alguma coisa vai
cair, mas com isso [a antecipação de R$ 1 bilhão] esperamos
diminuir essa queda", disse o
secretário de Política Agrícola
do Ministério da Agricultura,
Edílson Guimarães.
O governo pretende realizar,
pela primeira vez, operações
com soja já em outubro, logo no
início do plantio, para que os
produtores tenham melhores
condições de se planejar.
Para essas operações antecipadas, a secretaria deve usar
quase um terço dos recursos
disponíveis para 2006/7, cujo
montante é de R$ 2,8 bilhões,
afirmou Guimarães.
O mecanismo adotado para o
apoio à soja será o Prop (Prêmio de Risco para Opção Privada de Venda), com a participação do comprador como lançador de contrato de opção privada, que depois pode ser adquirido pelo vendedor da soja.
Essa modalidade foi oferecida inicialmente para apoiar a
comercialização da soja em
2005/6, como uma das formas
de atender às reivindicações
dos produtores, mas não foi eficaz porque boa parte da produção já havia sido entregue aos
compradores, com preços ainda a fixar, o que impedia o uso
do Prop para a maior parte do
produto disponível.
"Vamos ver se conseguimos
fazer o Prop da soja no começo
do mês que vem. O Prop dá uma
sustentação boa de preço",
acrescentou o secretário.
Ele disse que ainda não é possível prever o volume de soja
que poderá receber o subsídio
na próxima safra, acrescentando que uma pequena parte do
R$ 1 bilhão poderá ser destinada a outros grãos, como milho.
Em 2006, o governo já ofereceu apoio à comercialização de
7,7 milhões de toneladas de soja, aplicando recursos no valor
de R$ 545 milhões.
Guimarães afirmou que o ministério não deve mais trabalhar com os programas Pesoja e
Pepro, criados emergencialmente para dar ajuda à soja, algo que ocorreu pela primeira
vez em 20 anos.
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