São Paulo, quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Europa sinaliza apoio a emergente no FMI

Premiê de Luxemburgo diz que países em desenvolvimento poderão comandar Fundo se elegerem francês Strauss-Kahn

De acordo com premiê, candidato francês está disposto a fazer as reformas no Fundo pretendidas pelos países em desenvolvimento

DA REDAÇÃO

O primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, afirmou que os países em desenvolvimento poderão eleger o próximo comandante do FMI (Fundo Monetário Internacional) caso apóiem a candidatura do francês Dominique Strauss-Kahn para suceder o espanhol Rodrigo de Rato.
"O próximo diretor certamente não será europeu", afirmou à versão alemã do "Financial Times" Juncker, que também é ministro das Finanças de seu país e é o presidente do grupo de ministros da área econômica dos 13 países que usam a moeda européia.
"Na zona do euro e entre os ministros das Finanças da União Européia, todo mundo está ciente de que Strauss-Kahn será provavelmente o último europeu a ser diretor do FMI em um futuro próximo."
Vários países, como o Brasil, criticaram o processo de seleção do sucessor de Rato, que, segundo eles, privilegia a nacionalidade do candidato, e não a sua qualidade. Pela tradição, os países europeus escolhem o comandante do FMI, e os EUA, o do Banco Mundial.
Na semana passada, a Rússia apresentou o tcheco Josef Tosovsky, ex-presidente do banco central do seu país, como candidato ao posto no Fundo.
Apesar das críticas dos emergentes, Juncker defendeu a candidatura de Strauss-Kahn. Para ele, o francês é um "conhecido reformista" que não deixaria suas "ambições de reforma dentro do armário" caso assuma a direção do FMI.
"Quando Strauss-Kahn deixar algum dia o FMI, ele terá realizado ajustes no Fundo que atenderão firmemente as expectativas e os interesses dos países em desenvolvimento", afirmou na entrevista ao "FT Deutschland".
Segundo o premiê de Luxemburgo, a disposição do ex-ministro francês de realizar essas mudanças foi a razão para ele ter sido escolhido para o cargo pela União Européia.
Atual diretor-gerente do FMI, Rato anunciou no final de junho que deixará o posto no Fundo "por motivos pessoais" após a reunião anual de outubro, abreviando o seu mandato, que venceria apenas em 2009. Amanhã é o último dia para os países apresentarem candidatos para sucedê-lo.


Texto Anterior: BC espera que alta do dólar reduza endividamento
Próximo Texto: PIB peruano avança 7,6% no 2º trimestre
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.