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Europa sinaliza apoio a emergente no FMI
Premiê de Luxemburgo diz que países em desenvolvimento poderão comandar Fundo se elegerem francês Strauss-Kahn
De acordo com premiê, candidato francês está
disposto a fazer as reformas
no Fundo pretendidas pelos
países em desenvolvimento
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, afirmou que os países em
desenvolvimento poderão eleger o próximo comandante do
FMI (Fundo Monetário Internacional) caso apóiem a candidatura do francês Dominique
Strauss-Kahn para suceder o
espanhol Rodrigo de Rato.
"O próximo diretor certamente não será europeu", afirmou à versão alemã do "Financial Times" Juncker, que também é ministro das Finanças de
seu país e é o presidente do grupo de ministros da área econômica dos 13 países que usam a
moeda européia.
"Na zona do euro e entre os
ministros das Finanças da
União Européia, todo mundo
está ciente de que Strauss-Kahn será provavelmente o último europeu a ser diretor do
FMI em um futuro próximo."
Vários países, como o Brasil,
criticaram o processo de seleção do sucessor de Rato, que,
segundo eles, privilegia a nacionalidade do candidato, e não a
sua qualidade. Pela tradição, os
países europeus escolhem o comandante do FMI, e os EUA, o
do Banco Mundial.
Na semana passada, a Rússia
apresentou o tcheco Josef Tosovsky, ex-presidente do banco
central do seu país, como candidato ao posto no Fundo.
Apesar das críticas dos emergentes, Juncker defendeu a
candidatura de Strauss-Kahn.
Para ele, o francês é um "conhecido reformista" que não
deixaria suas "ambições de reforma dentro do armário" caso
assuma a direção do FMI.
"Quando Strauss-Kahn deixar algum dia o FMI, ele terá
realizado ajustes no Fundo que
atenderão firmemente as expectativas e os interesses dos
países em desenvolvimento",
afirmou na entrevista ao "FT
Deutschland".
Segundo o premiê de Luxemburgo, a disposição do ex-ministro francês de realizar essas
mudanças foi a razão para ele
ter sido escolhido para o cargo
pela União Européia.
Atual diretor-gerente do
FMI, Rato anunciou no final de
junho que deixará o posto no
Fundo "por motivos pessoais"
após a reunião anual de outubro, abreviando o seu mandato,
que venceria apenas em 2009.
Amanhã é o último dia para os
países apresentarem candidatos para sucedê-lo.
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