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São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 2003

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ÁGUIA FRACA

Rumor sobre abandono de defesa de moeda forte afeta mercado

Dólar sofre nova desvalorização global

DA REDAÇÃO

O dólar caiu ontem nos mercados internacionais quase 1% diante de outras moedas importantes, como o euro, o franco suíço e o iene. Em uma sessão volátil, analistas apontaram razões diferentes para a queda.
O recuo em relação ao euro ontem em Nova York foi de 0,84%, com a moeda européia cotada a US$ 1,1594. Ante o iene, a cotação da moeda norte-americana atingiu seu menor nível em três anos.
Embora sem consenso, operadores de mercado apontaram uma forte venda de dólar contra as principais moedas como uma das razões para o desempenho fraco da moeda americana. Além disso, os bancos centrais europeus, que na semana passada venderam euro, não tiveram presença no mercado ontem.
Rumores de que seria divulgado um relatório apontando que o governo de George W. Bush havia abandonado a defesa de uma moeda forte também agitaram o mercado. No final do dia, Rob Nichols, porta-voz do secretário do Tesouro americano, John Snow, reiterou a posição do governo dos EUA. "Não vamos responder a todo rumor do mercado sobre moedas", disse. "Claro, não há mudança na política."
Analistas dizem acreditar que o governo Bush não defenderá publicamente uma moeda mais desvalorizada -principalmente porque faria despencar a cotação do dólar-, mas que, em silêncio, vê com bons olhos um declínio gradual da moeda, já que isso barateia os produtos americanos e impulsiona as exportações.

Gasto em alta
Os gastos pessoais dos norte-americanos subiram em agosto para 0,8%, contra um avanço de 0,9% em julho, mostra pesquisa divulgada ontem pelo Departamento de Comércio do país.
De acordo com o levantamento, as quantias recebidas pelas pessoas também subiram 0,2% no mês passado, especialmente após o Congresso ter autorizado um corte nos impostos.
Os consumidores americanos, porém, não estão gastando tudo o que recebem. A poupança dos americanos cresceu 3,8% em agosto, a maior alta desde fevereiro. Isso mostra que a confiança na recuperação da maior economia o planeta não é tão sólida e os consumidores americanos estão procurando poupar para evitar problemas futuros, especialmente o desemprego.


Com agências internacionais


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