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Bancários de 12 Estados param hoje por 24 horas
Categoria rejeita reajuste de 7,5% e quer aumento real
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os bancários de São Paulo e
de outros 11 Estados decidiram
fazer paralisação por 24 horas a
partir de hoje para reivindicar
reajuste salarial maior do que o
apresentado pela federação dos
bancos. Em Brasília (DF) e na
cidade do Rio de Janeiro (RJ), a
greve foi aprovada por tempo
indeterminado.
No país, são 434 mil bancários em campanha salarial
-sendo que 120 mil trabalham
em São Paulo, Osasco e região.
A maior parte das paralisações previstas para hoje foi decidida ontem à noite em assembléias realizadas por vários sindicatos espalhados pelo país.
Na capital paulista, os cerca
de 1.300 funcionários que foram à assembléia na quadra dos
bancários definiram que, se até
o dia 8 de outubro não houver
acordo salarial, a categoria pára
por tempo indeterminado.
O comando nacional dos
bancários, que representa a categoria nas negociações salariais, rejeitou o reajuste de
7,5% oferecido pelos bancos
para os salários, pisos salariais
e demais verbas trabalhistas
-como vale-refeição, alimentação e auxílio-creche.
O percentual é considerado
insuficiente pela categoria porque serviria apenas para repor
a inflação acumulada de 7,15%
(medida pelo INPC do IBGE)
no período de setembro de
2007 a agosto deste ano e não
contemplaria aumento real.
Os funcionários dos bancos
pedem 5% de aumento real, vale-alimentação e auxílio-creche de R$ 415; e vale-refeição
de R$ 17,50 por dia.
Na capital paulista, a paralisação deve começar hoje nas
agências bancárias da região
central da capital e se estender
para as demais zonas da cidade.
"Os banqueiros, que tiveram
bons resultados em lucro, rentabilidade e ativos, se recusam
a retribuir aos bancários na
mesma proporção que o trabalho empenhado", diz Luiz Cláudio Marcolino, presidente do
Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e Região (CUT).
Paralisação nacional
Também decidiram parar
por 24 horas os bancários de
Curitiba (PR), Campina Grande e região (PB), Recife (PE),
Piauí, Divinópolis (MG), Belo
Horizonte (MG), Teresópolis
(RJ), Santo Ângelo, Camaquã e
Porto Alegre (RS), Rondônia,
Acre, Dourados (MS), Juiz de
Fora (MG), Vitória da Conquista, Jequié e região (BA), Campo
Mourão (PR), Erexim e Santa
Maria (RS) e Paraíba (PB).
"Os bancários exigem a reabertura das negociações com
apresentação, por parte dos
bancos, de proposta que contemple aumento real de salários, PLR [participação nos lucros e resultados] maior, valorização dos pisos e uma política
de plano de cargos e salários",
diz Marcolino.
Os bancos querem pagar
80% do salário, mais um valor
fixo de R$ 943,85 (que já inclui
os 7,5% de reajuste). Os bancários pedem PLR de três salários
e mais R$ 3.500 fixos.
Os serviços de auto-atendimento das agências bancárias
vai funcionar normalmente, segundo o sindicato, para reduzir
os transtornos aos clientes.
A Folha não localizou representantes da federação dos
bancos ontem à noite para comentar a paralisação.
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