São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 2002
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Quebra do trigo Refeitas as contas, o Paraná deverá produzir 1,48 milhão de toneladas de trigo, com quebra de 971 mil toneladas em relação às previsões iniciais para o Estado. A safra total de inverno dos paranaenses será de apenas 1,83 milhão de toneladas, com quebra de 1,21 milhão. Os dados são do Deral. Prejuízo financeiro Seca e geada foram os principais fatores de quebra da safra paranaense. Os produtores tiveram prejuízos de R$ 666 milhões. As maiores quebras de trigo, o principal produto do período, ocorreram nas regiões noroeste (53%) e norte e sul (ambas com 46%). É mais grave A seca complicou também a vida dos produtores australianos. A avaliação de safra de outubro indica produção de apenas 10,1 milhões de toneladas, contra 24 milhões na safra anterior. A seca provocará queda de 0,7 ponto percentual na atividade econômica do país, diz o governo. Sem repasses Os torrefatores externos disseram que não vão repassar os recentes aumentos de preços do café para seus produtos. Vão segurar os preços atuais porque o café está nos menores preços reais dos últimos cem anos, segundo um analista. Novas plantas Foram concluídas novas plantas de produção de álcool nos EUA. Agora são 66, com capacidade de produção de 9,7 bilhões de litros por ano. Três novas plantas deverão iniciar operações até o final do ano, elevando a capacidade instalada para 10,2 bilhões de litros. Agronegócio paulista O agronegócio paulista obteve saldo comercial de US$ 2,42 bilhões até setembro, 33,7% a mais do que em igual período anterior. As exportações nacionais do agronegócio caíram 1,2%, para US$ 18,8 bilhões. Já as importações recuaram 12,2%, para US$ 5,7 bilhões. Em São Paulo, as exportações subiram para US$ 4,7 bilhões (mais 3,3%), e as importações, para US$ 2,3 bilhões (mais 16,8%). Os destaques Segundo o Instituto de Economia Agrícola, as principais cadeias produtivas de exportação do agronegócio paulista foram cana-de-açúcar (US$ 1,5 bilhão), bovinos (US$ 879 milhões), frutas e sucos (US$ 746 milhões) e produtos florestais (US$ 653 milhões). Revisões na soja Após o desempenho de setembro, a Abiove (associação das indústrias) refez as previsões de exportações e de esmagamento no setor. Pelos novos números, as exportações de soja em grãos poderão chegar a 19,1 milhões de toneladas nesta safra e o esmagamento, a 27,5 milhões de toneladas. Plantio As condições climáticas desfavoráveis estão impedindo o plantio de soja no país. Segundo a MPrado, apenas 6% da área destinada ao produto tinha sido plantada até 18 deste mês, contra 11% no mesmo período de 2001. Perto de R$ 30 As previsões de há um mês do mercado estão se confirmando. A saca de arroz deverá iniciar novembro a R$ 30 no Sul. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Net recupera-se de tombo e sobe 21,7% Próximo Texto: Exportações: Barreira não reduz vendas aos EUA Índice |
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