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EM TRANSE
Debilidade econômica e temor de guerra contra o Iraque derrubam o sentimento do consumidor americano
Nos EUA, confiança é a menor em 9 anos
DA REDAÇÃO
O medo de perder o emprego e
o temor de um ataque militar
contra o Iraque atingiriam a confiança do norte-americano na
economia do país. O índice de
confiança do consumidor caiu ao
nível mais baixo em nove anos, o
que derrubou os principais mercados internacionais.
Segundo o Conference Board,
instituto privado de pesquisado
com sede em Nova York, o índice
de confiança sofreu uma queda de
15%, recuando de 93,7 pontos, no
mês passado, para 79,4 pontos.
Com o tombo, o indicador recuou
ao pior nível desde novembro de
1993. A queda, a quarta consecutiva e a mais severa desde os ataques de 11 de setembro, foi bem
mais intensa do que previam os
analistas de Wall Street.
"O mercado de trabalho fraco, a
ameaça de uma ação militar no
Iraque e a prolongada queda nas
Bolsas deprimiram, de maneira
evidente, a confiança dos consumidores e as expectativas dele
com relação ao futuro", afirmou,
em um comunicado, a economista Lynn Franco, diretora de pesquisa do Conference Board.
Cresce entre os analistas a expectativa de que, ante a deterioração dos indicadores, o Federal Reserve (banco central) fará um corte nos juros em sua reunião da
próxima semana. Para alguns
economistas, como Stephen
Roach, do banco Morgan Stanley,
dificilmente os EUA escaparão de
um segundo mergulho recessivo,
antes de recuperar o antigo ritmo
de crescimento.
O consumo é o principal motor
da economia norte-americana,
responsável por cerca de dois terços do PIB (Produto Interno Bruto). Com a confiança abalada, a
população tende a fechar o bolso e
gastar menos, o que se reflete na
atividade econômica.
"Os números assustaram o
mercado. É cada vez mais difícil
imaginar que o consumo irá se
sustentar", disse Hugh Johnson,
diretor de investimentos do banco First Albany. "Não são bons
números."
O Dow Jones permaneceu quase todo o dia no vermelho, antes
de fechar estável, com avanço de
0,01%. A Nasdaq caiu 1,16%, e o
Standard & Poor's 500 recuou
0,91%. Na Europa, as quedas foram mais expressivas. Frankfurt
caiu 5,53%, Paris perdeu 4,49% e
Londres cedeu 3,78%.
Ainda nesta semana, serão divulgados dois importantes indicadores, que deverão influenciar
os investidores e autoridades monetárias. Amanhã sairá a primeira
estimativa sobre o desempenho
do PIB no terceiro trimestre. Na
sexta-feira, será divulgada a taxa
de desemprego.
Com agências internacionais
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