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MERCADO FINANCEIRO
Mesmo com queda da moeda dos EUA, fundos cambiais captam recursos; dólar caiu a R$ 2,845
Dólar em baixa não assusta investidor
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar recuou mais um pouco.
Vendida a R$ 2,845 no fim das
operações, a moeda norte-americana caiu 0,52% ontem.
Mesmo que uma elevação no
preço da moeda dos EUA no curto prazo não esteja no horizonte
mais provável, os investidores colocaram nas últimas semanas recursos nos fundos atrelados à variação do câmbio.
Nas três primeiras semanas de
outubro, os fundos cambiais que
seguem o dólar tiveram captação
líquida -diferença entre saques e
depósitos- positiva de R$ 603
milhões, como mostram dados da
Anbid (Associação Nacional dos
Bancos de Investimento).
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos de
câmbio projetam que o dólar estará acima dos R$ 3,00 apenas em
março de 2004.
Na próxima semana, passado o
vencimento dos contratos futuros
de câmbio de prazo mais curto,
analistas avaliam que a moeda
dos EUA pode deixar de cair. As
grandes instituições financeiras
teriam apostado na BM&F na
queda do dólar neste mês. Assim,
não seria interesse uma alta da
moeda no momento.
Neste mês, o dólar acumula
uma desvalorização de 1,6% diante do real.
Ações
A Bolsa de Valores de São Paulo
perdeu fôlego e caiu ontem. O
Ibovespa -índice que acompanha as ações de maior negociação- recuou 1,55%, para os
17.944 pontos. Os negócios foram
mais movimentados que o dos últimos dias, com o volume ficando
em R$ 950 milhões.
Apenas o IEE (índice dos papéis
de empresas de energia elétrica)
não fechou no vermelho no pregão de ontem. O indicador foi
sustentado pelas altas das ações
Celesc PNB (ganho de 3,2%) e
Light ON (ganho de 1,7%).
A maior perda do dia ficou com
as ações preferenciais tipo "A" da
Usiminas. Os papéis encerraram
as operações com perda de 4,9%.
Os C-Bonds subiram. A perspectiva de o governo brasileiro fechar logo um novo acordo com o
FMI (Fundo Monetário Internacional) colaborou para o movimento positivo dos ativos brasileiros no exterior. Os títulos da dívida externa de maior negociação
fecharam a US$ 0,9288, com alta
de 0,48%.
(FABRICIO VIEIRA)
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