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Ministro espanhol rebate crítica sobre "prática desleal"
Empresários brasileiros reclamam de benefícios dados pela Espanha a companhias
Senador espanhol que faz
parte de comitiva que visita
o Brasil diz que país não
pretende realizar "segunda
colonização" na região
DA REDAÇÃO
O ministro de Indústria, Comércio e Turismo da Espanha,
Joan Clos, respondeu ontem às
críticas de empresários brasileiros sobre "prática desleal",
ao afirmar que seu país respeita
as leis contra esse aspecto.
"Cumprimos as normas da
OMC [Organização Mundial do
Comércio] para impedir qualquer vantagem ilegítima de um
investidor", afirmou o ministro, que esteve ontem em Salvador, onde se reuniu com empresários do setor do turismo.
As empresas brasileiras, de
acordo com o que a Folha publicou ontem, estão reunindo
dados para apresentar ao governo segundo os quais os espanhóis se beneficiariam de
práticas vistas como desleais,
em investimentos realizados
fora de seu país de origem.
Os empresários reclamam de
vantagens concedidas pelo governo espanhol para suas empresas comprarem negócios
em outros países -principalmente na América Latina-,
que chegam a representar 25%
do total do investimento.
A Comissão Européia, o braço executivo do bloco, começou neste mês a investigar as
supostas vantagens oferecidas
pelo governo de Madri aos empresários locais.
Segundo o ministro do governo de José Luiz Rodríguez
Zapatero, a Espanha faz parte
de um grupo de países que favorecem a segurança jurídica e
a transparência nas leis, "precisamente para favorecer o comércio internacional". Assim,
para Clos, que deve estar hoje
em Brasília, "nada estaria mais
longe dos nossos interesses do
que apoiar alguma prática que
não seja transparente e legal".
Já o senador espanhol Carlos
Chivite, que também acompanha a comitiva, disse que o seu
país não tem intenção de começar uma "segunda colonização" na América Latina.
Entre as mais recentes aquisições dos espanhóis no Brasil,
estão a compra do ABN Amro
Real pelo Santander, a de cinco
das sete concessões de rodovias federais pela OHL e a da
holding proprietária da Telecom Italia pela Telefónica.
Com a Efe
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