São Paulo, terça-feira, 30 de outubro de 2007

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Ministro espanhol rebate crítica sobre "prática desleal"

Empresários brasileiros reclamam de benefícios dados pela Espanha a companhias

Senador espanhol que faz parte de comitiva que visita o Brasil diz que país não pretende realizar "segunda colonização" na região

DA REDAÇÃO

O ministro de Indústria, Comércio e Turismo da Espanha, Joan Clos, respondeu ontem às críticas de empresários brasileiros sobre "prática desleal", ao afirmar que seu país respeita as leis contra esse aspecto.
"Cumprimos as normas da OMC [Organização Mundial do Comércio] para impedir qualquer vantagem ilegítima de um investidor", afirmou o ministro, que esteve ontem em Salvador, onde se reuniu com empresários do setor do turismo.
As empresas brasileiras, de acordo com o que a Folha publicou ontem, estão reunindo dados para apresentar ao governo segundo os quais os espanhóis se beneficiariam de práticas vistas como desleais, em investimentos realizados fora de seu país de origem.
Os empresários reclamam de vantagens concedidas pelo governo espanhol para suas empresas comprarem negócios em outros países -principalmente na América Latina-, que chegam a representar 25% do total do investimento.
A Comissão Européia, o braço executivo do bloco, começou neste mês a investigar as supostas vantagens oferecidas pelo governo de Madri aos empresários locais.
Segundo o ministro do governo de José Luiz Rodríguez Zapatero, a Espanha faz parte de um grupo de países que favorecem a segurança jurídica e a transparência nas leis, "precisamente para favorecer o comércio internacional". Assim, para Clos, que deve estar hoje em Brasília, "nada estaria mais longe dos nossos interesses do que apoiar alguma prática que não seja transparente e legal".
Já o senador espanhol Carlos Chivite, que também acompanha a comitiva, disse que o seu país não tem intenção de começar uma "segunda colonização" na América Latina.
Entre as mais recentes aquisições dos espanhóis no Brasil, estão a compra do ABN Amro Real pelo Santander, a de cinco das sete concessões de rodovias federais pela OHL e a da holding proprietária da Telecom Italia pela Telefónica.


Com a Efe


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