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Economia real do país ainda não dá sinal concreto de reação
DE NOVA YORK
A variável-chave de recuperação da economia norte-americana ainda não deu sinais
concretos de recuperação. O
desemprego continua sendo a
maior preocupação do governo
do presidente Barack Obama.
Em setembro, atingiu o patamar de 9,8% e nem mesmo os
conselheiros econômicos do
presidente avaliam que a taxa
dará sinais consistentes de queda no próximo ano.
Desde o início da recessão,
em dezembro de 2007, os Estados Unidos perderam 7,2 milhões de empregos. Na prática,
o que economistas esperam
diante dos resultados anunciados ontem é uma recuperação
lenta com um cenário bem
mais nebuloso no mercado de
trabalho.
Para Cary Leahey, da Decision Economics, o que se pode
dizer até agora é que o ritmo de
demissões no país está tendo
uma redução, mas ainda não
existem sinais fortes de aumento das contratações. Relatório divulgado ontem pelo Departamento do Trabalho indica
que os novos pedidos de seguro-desemprego tiveram uma
queda de mil pedidos, mas ainda somam o montante de 530
mil. O número está em tendência de queda, mas ainda historicamente abaixo do padrão
compatível com um cenário de
geração de vagas.
"O norte-americano médio
não pensa que há uma recuperação verdadeira até que a taxa
de desemprego volte a recuar
sensivelmente e isso pode não
acontecer num horizonte de
seis a 12 meses", disse.
A presidente do conselho de
economistas que assessoram a
Casa Branca, Christina Romer,
reconheceu que, apesar dos sinais favoráveis, o mercado de
trabalho tende a se recuperar
de forma mais lenta.
Pesquisas divulgada pelo
"Wall Street Journal" nesta semana afirma que 80% dos entrevistados estão insatisfeitos
ou muito insatisfeitos com o
desempenho da economia
americana atualmente.
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