|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELEFONIA
Objetivo é impedir concorrente no resto do país
Embratel volta a abrir disputa contra a Anatel e a Telefônica
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Embratel reabriu a guerra na
Justiça contra a Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações) e
a Telefônica. A briga é para impedir que a Telefônica ofereça a possibilidade de completar ligações
interurbanas a partir do Estado de
São Paulo para o resto do país. A
questão deve ser analisada pelo
Justiça na semana que vem.
Na quarta-feira, a Embratel pediu ao STJ (Superior Tribunal de
Justiça) que restabelecesse a liminar que havia sido concedida pela
15ª Vara Federal em São Paulo,
em abril, proibindo que a Telefônica prestasse o serviço. Em junho, a liminar foi cassada.
Ontem, o presidente da Anatel,
Luiz Guilherme Schymura, confirmou que a agência contou com
a ajuda da Telefônica na briga jurídica contra a Embratel. Para ele,
a ajuda não afeta a autonomia da
agência, uma vez que no caso em
questão a Anatel e a Telefônica
eram rés na mesma ação.
"Quando a gente tem a sorte de
estar do mesmo lado [de uma empresa], há troca de figurinhas.
Não acho que atrapalhe a independência da agência porque nesse caso estamos no mesmo lado",
afirmou o presidente da agência.
Segundo Schymura, a ajuda da
Telefônica se limitou à troca de
informações em relação à estratégia de defesa. Ele informou ainda
que a defesa da Anatel foi feita pela sua procuradoria.
A Anatel, por meio de sua assessoria de imprensa, divulgou nota
na qual reforça que é "comum a
troca de informações entre advogados" quando estão no mesmo
lado de uma ação. Segundo a nota, essa troca de informações se
resumiu a aspectos técnicos.
A assessoria de imprensa da Telefônica informou que houve
"coordenação de teses de defesa
entre os departamentos jurídicos". De acordo com a assessoria,
os departamentos jurídicos trabalharam de forma independente.
O diretor jurídico da Embratel,
Pedro Batista Martins, considerou um equívoco a Anatel ter sido
ajudada pela Telefônica, mas disse que tal fato não fez parte dos argumentos utilizados para tentar
restabelecer a liminar.
Texto Anterior: Governo Lula admite controle até estrangeiro Próximo Texto: Panorâmica - Transporte: Santos bate recorde de carga em outubro e prevê resultado histórico no ano Índice
|