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MERCADO ABERTO
PIB do 4º tri pode frustrar governo
Mesmo que se recupere em
novembro e dezembro, o
PIB do quarto trimestre
pode ser responsável por
um novo susto no governo. Os
dados até o momento indicam
que a economia continuou enfraquecida em outubro, e não há sinais de recuperação em novembro. "A recuperação mais forte
da economia deve ficar mesmo
para o primeiro trimestre de
2006", diz Fábio Giambiagi, economista do Ipea.
O fato é que a indústria e a
agropecuária ainda não mostraram sinais de recuperação em
outubro tampouco no mês seguinte. Diante desses sinais, a
aposta do Banco Central de que o
PIB iria crescer cerca de 1% no
quarto trimestre pode não se
concretizar, o que comprometeria de vez a previsão do governo
de uma expansão do PIB na faixa
de 3% neste ano.
Para o economista Nilson Teixeira, do Credit Suisse First Boston, se o PIB de julho a setembro
tiver sofrido uma queda superior
a 0,5% e o resultado do quarto
trimestre for inferior a 1%, a economia voltará a crescer num ritmo abaixo de 2,5%, marca registrada das décadas de 80 e 90.
De acordo com os cálculos do
CSFB, o desempenho da indústria foi o principal motivo para a
retração do PIB no terceiro trimestre. Segundo o banco, a indústria caiu 2% em comparação
ao segundo trimestre. O destaque negativo teria sido a queda
de 4,4% na produção de bens duráveis nesse período.
Entre os economistas, a grande
preocupação é a repercussão na
sociedade do PIB do terceiro trimestre. A tendência natural será
a de responsabilizar a política
monetária austera do Banco
Central, mas que, não se pode negar, deu resultados no combate à
inflação. O índice deve cair de
7,6% em 2004 para algo como
5,7% neste ano.
HOMENAGEM
Enquanto Paulo Skaf
(Fiesp) se encontra num momento de baixa na Fazenda
após duros ataques à política
econômica de Antonio Palocci, Eduardo Eugênio Gouvêa
Vieira (Firjan, à esq.) sai em
defesa do ministro e preparou a ele uma megahomenagem amanhã, no Rio, com
cerca de 400 empresários. Ele
quer demonstrar apoio principalmente à política de estabilidade da moeda. "O objetivo é apoiar o símbolo desse
programa."
PREVENÇÃO
Líder no Brasil em gestão de
benefícios de medicamentos,
a Vidalink acaba de se associar à americana Caremark, o
que lhe proporcionará acesso
ao conhecimento do grupo
dos EUA, um dos maiores de
seu país no segmento, além
de aporte de capital e ganhos
de sinergia. "As empresas começam a entender que não
adianta só um plano de saúde
e que é necessário também a
gestão e a oferta do medicamento", diz Luís González,
diretor-executivo da Vidalink, em referência ao interesse de estrangeiros pelo mercado crescente. A estratégia,
diz, passa pela redução de
gastos com os planos por
meio de ações preventivas e
direcionadas que se tornam
possíveis a partir da análise
dos remédios consumidos.
TRAJE COMPLETO
Há cerca de um ano no mercado de licenciamento com produtos da boneca Polly -a segunda mais vendida no mundo-, a operação brasileira da Mattel comemora os resultados
de linhas recém-lançadas e já negocia com gigantes como a
Nestlé novidades para o próximo ano. No Brasil, que é o quarto maior mercado da miniboneca no mundo, a Mattel acaba
de lançar em parceria com a Renner uma linha de roupas e
acessórios para meninas de 2 a 12 anos, cujos resultados iniciais têm sido "excelentes", diz Érica Giacomelli, gerente-sênior de licenciamento da empresa americana no país. Segundo ela, depois do lançamento dos primeiros produtos licenciados -bolsas, malas e mochilas e material escolar-, a matriz dispensou a unidade brasileira da necessidade de aprovar
as novas linhas em Los Angeles, como de praxe. "Ganhamos
em agilidade e temos maior liberdade para desenvolvermos
produtos que sejam adequados ao mercado brasileiro."
RESPONSABILIDADE
Ruth Cardoso, Lu Alckmin e
Evelyn Ioschpe estão entre os
homenageados da terceira edição do Prêmio BNP Paribas de
Cidadania, que será entregue
amanhã, em São Paulo. Bernard
Mencier, presidente do BNP no
Brasil, fará a entrega do prêmio.
NOVO SEGMENTO
A Tegma, empresa de logística
automobilística, anuncia em
breve a entrada em um novo segmento. A empresa vai investir R$
3 milhões no desenvolvimento
do novo negócio. A Tegma é
controlada pela Coimex.
FRATERNIDADE
Os resultados do Ano do Brasil
na França foram excelentes, disse André Midani, comissário-geral do evento, em jantar com
mais de 300 empresários da
CCFB (câmara de comércio dos
dois países). Foi tão bom, segundo ele, que os dois governos já
estão em vias de anunciar que,
em 2008, será a vez de os brasileiros receberem os franceses para
a promoção de eventos econômicos e culturais. Quem confirmou as informações, no mesmo
jantar, foi o ministro Furlan (Desenvolvimento), com o embaixador da França, Jean de Gliniasty,
e Michel Durand Mura (CCFB).
ELEVAÇÃO
A Standard & Poor's elevou
para "BB+" o "rating" de crédito
corporativo da Ultrapar, em
moeda estrangeira e local. A classificação da distribuidora de
GLP está acima do "rating" do
Brasil e abaixo só de Vale, Petrobras, Votorantim e Aracruz.
FUTURO EM DEBATE
O ex-ministro Ozires Silva comanda uma mesa de debates, no
dia 5, na Fecomercio SP, sobre os
rumos da economia e do empresariado a partir de 2006. Abram
Szajman, presidente da entidade,
também compõe a mesa.
SEM CONTATO
O senador Rodolpho Tourinho
(PFL), autor de um projeto,
apresentado em junho, de marco
regulatório para o gás, desconhece os contatos que o governo
diz manter com ele por conta de
uma proposta para o mesmo setor, elaborada pelo Ministério de
Minas e Energia. O projeto do
governo ainda será apresentado
ao Conselho Nacional de Política
Energética, para depois ser debatido com o setor privado. Tourinho tem mostrado seu projeto a
grupos e entidades da área há
quase seis meses. No dia 7, estará
em São Paulo para falar da proposta no 5º Fórum de Energia.
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