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Novo presidente da TAM quer ampliar classes tarifárias
Passageiro que pagar mais por bilhete terá direito a serviço de bordo diferenciado ou DVD portátil no vôo, por exemplo
David Barioni diz que TAM deve entrar para aliança
operacional em 2008; para analistas, mais provável é
que seja a Star Alliance
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
A TAM planeja oferecer mais
serviços e benefícios, mas somente aos passageiros que pagarem por eles. A sua estratégia
para se diferenciar da principal
concorrente, a Gol, é ampliar o
seu programa de cinco diferentes perfis de tarifas, lançado no
final de 2006, no qual o passageiro leva o que paga.
A informação foi dada ontem
pelo recém-empossado presidente David Barioni, que até setembro deste ano era executivo
da concorrente, em entrevista a
jornalistas na sede da TAM. Ele
afirmou também que em 2008
a companhia aérea entra para
uma aliança operacional internacional, muito provavelmente, de acordo com analistas, a
Star Alliance (até o ano passado, era a Varig a representante
brasileira).
Barioni substituiu Marco
Antonio Bologna, que irá assessorar a holding TAM, a TEP
(TAM Empreendimentos e
Participações), em que sua
principal função será angariar
investimentos privados em infra-estrutura de aeroportos
(como terminais e hangares). A
idéia é que o executivo trabalhe
para que o governo abra o setor
para investimentos privados.
Ontem, o novo presidente da
companhia afirmou que a TAM
planeja melhorar o seu programa de milhagem e "reforçar" o
serviço de bordo. Tudo condicionado às tarifas que o consumidor se disporá a pagar e que
escolherá por meio do programa de perfis tarifários, que será
ampliado e que já foi lançado
como uma estratégia para distanciar sua imagem da Gol.
Na época, o programa foi criticado por reduzir a milhagem
oferecida aos passageiros das
classes tarifárias promocionais.
Na categoria "Promo", por
exemplo, o cliente acumula
apenas 20% da milhagem, e o
seu custo de reembolso ou remarcação de bilhete é maior.
Na categoria "Top", acumula
150% de milhagem e não tem
custos adicionais por reembolso ou remarcação de bilhete.
Por enquanto, o que define a
diferença entre as cinco categorias oferecidas (há ainda os perfis tarifários "Light", "Flex" e
"Max") são a pontuação no programa de fidelidade, o custo de
reembolso e remarcação de bilhetes e diferentes percentuais
de desconto para crianças.
Van
A partir de agora, o objetivo,
segundo o executivo, é aumentar a quantidade de categorias e
incrementar os serviços disponíveis. Dessa forma, um passageiro que deseje que uma van o
busque no aeroporto, por
exemplo, ou queira um DVD
portátil no vôo poderia ser
atendido, desde que escolha
uma tarifa compatível.
"Abre o guarda-chuva. A
TAM voa do regional ao internacional, e os perfis nos permitem ir do econômico à primeira
classe", disse. "Companhias como Air Canada e Continental já
adotaram essa linha."
Para Barioni, experiências
em que empresas abrem uma
segunda marca "low cost" para
atender a clientes que priorizam preço não foram bem-sucedidas. "Estamos fazendo pesquisas para saber o que o cliente está disposto a ter."
Sobre a possibilidade de a
TAM aumentar o espaço entre
poltronas em seus vôos, o executivo afirmou que a empresa
aguardará a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) abrir
uma consulta pública.
O novo presidente da companhia afirmou que o seu plano de
gestão para os próximos cinco
anos se baseia em três "excelências": de serviço (pontualidade e regularidade, além de
serviço de bordo), operacional
(uso de aviões e manutenção) e
de gestão.
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