São Paulo, sexta-feira, 30 de novembro de 2007

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Novo presidente da TAM quer ampliar classes tarifárias

Passageiro que pagar mais por bilhete terá direito a serviço de bordo diferenciado ou DVD portátil no vôo, por exemplo

David Barioni diz que TAM deve entrar para aliança operacional em 2008; para analistas, mais provável é que seja a Star Alliance

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

A TAM planeja oferecer mais serviços e benefícios, mas somente aos passageiros que pagarem por eles. A sua estratégia para se diferenciar da principal concorrente, a Gol, é ampliar o seu programa de cinco diferentes perfis de tarifas, lançado no final de 2006, no qual o passageiro leva o que paga.
A informação foi dada ontem pelo recém-empossado presidente David Barioni, que até setembro deste ano era executivo da concorrente, em entrevista a jornalistas na sede da TAM. Ele afirmou também que em 2008 a companhia aérea entra para uma aliança operacional internacional, muito provavelmente, de acordo com analistas, a Star Alliance (até o ano passado, era a Varig a representante brasileira).
Barioni substituiu Marco Antonio Bologna, que irá assessorar a holding TAM, a TEP (TAM Empreendimentos e Participações), em que sua principal função será angariar investimentos privados em infra-estrutura de aeroportos (como terminais e hangares). A idéia é que o executivo trabalhe para que o governo abra o setor para investimentos privados.
Ontem, o novo presidente da companhia afirmou que a TAM planeja melhorar o seu programa de milhagem e "reforçar" o serviço de bordo. Tudo condicionado às tarifas que o consumidor se disporá a pagar e que escolherá por meio do programa de perfis tarifários, que será ampliado e que já foi lançado como uma estratégia para distanciar sua imagem da Gol.
Na época, o programa foi criticado por reduzir a milhagem oferecida aos passageiros das classes tarifárias promocionais. Na categoria "Promo", por exemplo, o cliente acumula apenas 20% da milhagem, e o seu custo de reembolso ou remarcação de bilhete é maior.
Na categoria "Top", acumula 150% de milhagem e não tem custos adicionais por reembolso ou remarcação de bilhete.
Por enquanto, o que define a diferença entre as cinco categorias oferecidas (há ainda os perfis tarifários "Light", "Flex" e "Max") são a pontuação no programa de fidelidade, o custo de reembolso e remarcação de bilhetes e diferentes percentuais de desconto para crianças.

Van
A partir de agora, o objetivo, segundo o executivo, é aumentar a quantidade de categorias e incrementar os serviços disponíveis. Dessa forma, um passageiro que deseje que uma van o busque no aeroporto, por exemplo, ou queira um DVD portátil no vôo poderia ser atendido, desde que escolha uma tarifa compatível.
"Abre o guarda-chuva. A TAM voa do regional ao internacional, e os perfis nos permitem ir do econômico à primeira classe", disse. "Companhias como Air Canada e Continental já adotaram essa linha."
Para Barioni, experiências em que empresas abrem uma segunda marca "low cost" para atender a clientes que priorizam preço não foram bem-sucedidas. "Estamos fazendo pesquisas para saber o que o cliente está disposto a ter."
Sobre a possibilidade de a TAM aumentar o espaço entre poltronas em seus vôos, o executivo afirmou que a empresa aguardará a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) abrir uma consulta pública.
O novo presidente da companhia afirmou que o seu plano de gestão para os próximos cinco anos se baseia em três "excelências": de serviço (pontualidade e regularidade, além de serviço de bordo), operacional (uso de aviões e manutenção) e de gestão.


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