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Proposta de comitê pode trazer conseqüências para o Brasil
DO COLUNISTA DA FOLHA
A proposta de orçamento de
carbono que o Comitê de Mudança Climática (CCC) britânico apresentará amanhã ao governo Brown terá conseqüências para o Brasil. Uma das atribuições da comissão independente é estipular o peso dos
biocombustíveis na descarbonização da economia do país.
A expectativa é que o CCC recomende teto de 20% para biocombustíveis, até 2020. Aí estaria incluído o álcool que o Reino Unido importa do Brasil.
No futuro, isso dependerá do
cumprimento de padrões socioambientais, alerta Joan
Ruddock, secretária-executiva
do recém-criado Ministério da
Energia e Mudança Climática.
E não será para sempre: "Pensamos que os biocombustíveis
têm um papel útil no curto e no
médio prazo", diz.
David Kennedy, da CCC,
também acentua esse papel
transitório dos biocombustíveis. Pelo menos os de primeira
geração, como o álcool de cana
e milho, e de segunda geração,
como o celulósico, de resíduos
agrícolas, que seria parte importante do esforço de redução
de emissões daqui a 15 anos.
As plantas usadas como matéria-prima do álcool contribuem menos para o aquecimento global porque, ao crescer, retiram CO2 da atmosfera.
Depois mais carbono será emitido na queima do combustível,
mas o saldo pode ser muito favorável, como no caso do álcool
de cana comparado à gasolina.
Uma terceira geração, com
algas, poderia vir em 40 anos. É
a principal esperança para dar
solução ao problema hoje inabordável dos combustíveis fósseis e das emissões de carbono
na aviação e na navegação.
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