São Paulo, sábado, 30 de dezembro de 2006

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Fiat lidera vendas num ano de recordes do setor automotivo

Num ano de ouro para a indústria automobilística brasileira, a Fiat, pela segunda vez consecutiva, liderou a venda de automóveis no mercado interno, com uma diferença recorde sobre o segundo colocado, a Volkswagen.
As vendas totais da Fiat neste ano, até o dia 28, foram de 464,8 mil veículos, um crescimento de 13% em relação aos 404,8 mil do ano passado. A Volks, também até o dia 28, registrou vendas, no ano, de 438,6 mil unidades. A GM ficou em terceiro, com 408,7 mil unidades vendidas.
O ano de 2006 foi considerado excepcional para a indústria de automóveis, com a quebra de vários recordes. Com o licenciamento de 199,9 mil veículos até o dia 28, dezembro encerra o ano com a marca de melhor mês em vendas da história da indústria. O número final deve passar das 200 mil unidades.
As vendas totais no ano até o dia 28 foram de 1,92 milhão de veículos, um crescimento de 12% em relação ao ano passado, que registrou um total de 1,71 milhão de unidades comercializadas. O resultado do ano ficou muito próximo do recorde de 1,94 milhão de unidades vendidas em 1997.
Já a produção total da indústria automobilística no Brasil, que inclui as exportações, irá superar o recorde de 1997. Neste ano, o setor deve ter produzido cerca de 2,7 milhões de automóveis, contabilizando 800 mil veículos exportados. Em 1997, foram produzidos 2 milhões de automóveis.
Muitas montadoras registraram, em 2006, o melhor ano da história no Brasil. A GM, por exemplo, com a venda de 408,7 mil unidades neste ano, superou o recorde de 1997, que era de 407,7 mil veículos comercializados.
O ano de 2006 torna a Fiat a grande líder do setor na década. Desde 2001, a montadora só foi superada em 2004, quando a GM, que comemorava 80 anos de existência no Brasil, ficou com a primeira colocação. Antes da Fiat, a Volks era a líder havia 30 anos no país. O carro mais vendido neste ano deve ter sido o Gol, seguido a uma pequena distância pelo Palio.
Mesmo com todos esses recordes, a indústria automobilística promoveu, em 2006, uma série de ajustes que resultaram em cortes de pessoal e fechamento de fábricas, principalmente a Volks e a GM. As montadoras alegam que esses ajustes foram motivados pelas perdas geradas na exportação com a valorização do câmbio.

SERPENTINA
A Spectaculum, assessoria cultural e marketing de relacionamento, preparou novas ações para seus clientes no próximo Carnaval. Em 2007, ela será a representante da Cidade do Samba -espaço que abriga os barracões das escolas do Grupo Especial do Rio- em São Paulo. Com isso, a Spectaculum promoverá eventos fechados para seus clientes no espaço reservado aos sambistas cariocas -ela também fará comercialização de ingressos no varejo. Além disso, a Spectaculum vai vender, pela primeira vez, camarotes corporativos no sambódromo do Rio. "As empresas chegam a investir R$ 400 mil nesses pacotes", afirma Ricardo Bozon, sócio-diretor da Spectaculum. Entre seus clientes, estão Unibanco Cartões, TAM, LG, Visanet, AGF Seguros, Credicard Itaú, Amanco, Citibank, entre outros.

Brasileira cria rastreador com telefone

Com pouco mais de três anos, a brasileira Easytrack, dos empresários Marcelo Zylberkan e Daniel Oelsner, que atua no mercado de rastreamento, aventura-se no mundo da telecomunicação.
A empresa acaba de lançar o Blob, um aparelho que, além de comunicação celular, funciona como localizador, escuta, sensor de ruídos, despertador, ligação rápida para números programados, entre outras funções. Com apenas poucas teclas, o produto idealizado pensado para atender principalmente idosos e crianças.
A tecnologia, que levou cerca de um ano e meio para ser desenvolvida, foi pensada por uma equipe brasileira e recebeu investimentos em torno de R$ 7 milhões. "É um investimento considerado bastante baixo para um projeto de telecomunicação, que costuma movimentar quantias bem maiores", afirma Zylberkan. A expectativa da empresa é que sejam vendidos 120 mil aparelhos até o fim do próximo ano.

PESOS E MEDIDAS
As contas ainda não foram fechadas, mas os cálculos preliminares são que o pacote de destravamento do crescimento deve gerar até R$ 60 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos. O plano, que deve ser divulgado na terceira semana de janeiro, irá relacionar 50 grandes obras consideradas prioritárias pelo governo, de hidrelétricas a projetos de desfavelização. Já em relação a cortes de despesas públicas, o pacote será bastante tímido, o que irá decepcionar muita gente.

COM QUE ROUPA
O setor de vestuário e armarinho registrou, em São Paulo, um crescimento de 3% nas vendas em 2006 em comparação ao ano passado. O dado é da pesquisa do Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuário e Armarinhos do Estado de São Paulo. No mês de dezembro, foi verificado um aumento de 4% com relação a novembro.

MARÉ
A Portonave investiu, neste ano, cerca de R$ 420 milhões na construção do porto de Navegantes, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. A previsão é que o novo terminal comece a operar no primeiro semestre de 2007. A empresa estima que o empreendimento movimentará 250 mil contêineres, no primeiro ano de funcionamento.

LUZ ACESA
A Ampla, distribuidora fluminense de energia elétrica, quer se tornar a empresa que mais reduz furtos de energia elétrica no país. De janeiro a novembro, a redução da companhia, que atua em 66 municípios do Rio, foi de 1,7%. Em 2004, foi 0,8%, e, em 2005, 0,7%. Para isso, ela investiu na eficiência do uso de eletricidade entre a população carente.


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