São Paulo, domingo, 30 de dezembro de 2007

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Compradores adotam apelidos brasileiros

DA ENVIADA ESPECIAL

A invasão chinesa é silenciosa. Os compradores chegam em grupos, acompanhados de intérpretes também chineses e se limitam aos negócios. A barreira da língua os ajuda a ficar incógnitos.
Adotam nomes brasileiros e aceitam até apelidos pejorativos para facilitar a comunicação e a privacidade. Chien Chiu Sheng, de Taiwan, é reconhecido pelas autoridades locais como ""Maico", numa referência a Michael Jackson.
""Quando cheguei ao Brasil, não entendiam meu nome. Como não tinha mulher, brincavam que eu era bicha e me chamavam de "Maico" Jackson. O apelido ficou", diz.
Um grande comprador de Pequim é conhecido por "Cabeção". Outros têm nomes e apelidos comuns de garimpeiros, como "Antonio" e "Bigode".
Os primeiros chineses a chegar ao país, atraídos pelo comércio do cristal, vieram de Hong Kong e de Taiwan. De hábitos sofisticados, eles se diferenciam das levas recentes vindas do país comunista. Estes ficam em hotéis de R$ 30 a diária, alimentam-se com sopas tipo miojo e vivem em um vaivém constante entre os dois países.
Chien mora com a mulher e o filho na melhor casa de Curvelo -um casarão com telhado oriental e jardim-, já os comunistas, dividem residências para baratear mais a estadia.


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