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Compradores adotam apelidos brasileiros
DA ENVIADA ESPECIAL
A invasão chinesa é silenciosa. Os compradores
chegam em grupos, acompanhados de intérpretes
também chineses e se limitam aos negócios. A
barreira da língua os ajuda
a ficar incógnitos.
Adotam nomes brasileiros e aceitam até apelidos
pejorativos para facilitar a
comunicação e a privacidade. Chien Chiu Sheng,
de Taiwan, é reconhecido
pelas autoridades locais
como ""Maico", numa referência a Michael Jackson.
""Quando cheguei ao
Brasil, não entendiam
meu nome. Como não tinha mulher, brincavam
que eu era bicha e me chamavam de "Maico" Jackson. O apelido ficou", diz.
Um grande comprador
de Pequim é conhecido
por "Cabeção". Outros
têm nomes e apelidos comuns de garimpeiros, como "Antonio" e "Bigode".
Os primeiros chineses a
chegar ao país, atraídos
pelo comércio do cristal,
vieram de Hong Kong e de
Taiwan. De hábitos sofisticados, eles se diferenciam
das levas recentes vindas
do país comunista. Estes
ficam em hotéis de R$ 30 a
diária, alimentam-se com
sopas tipo miojo e vivem
em um vaivém constante
entre os dois países.
Chien mora com a mulher e o filho na melhor casa de Curvelo -um casarão com telhado oriental e
jardim-, já os comunistas,
dividem residências para
baratear mais a estadia.
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