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VÔO DA ÁGUIA
Ritmo de expansão cai de 8,2% para 4% no 4º trimestre, mas PIB sobe 3,1% no ano, contra 2,2% em 2002
EUA têm maior crescimento desde 2000
DA REDAÇÃO
O ritmo de crescimento da economia dos Estados Unidos caiu
no quarto trimestre do ano passado. A despeito da redução, no entanto, o país registrou em 2003
uma alta do PIB (Produto Interno
Bruto) de 3,1%, a maior desde
2000, quando havia sido de 3,7%.
No ano retrasado, a expansão da
economia fora de 2,2%.
O PIB alcançou em 2003 o valor
recorde de US$ 11,25 trilhões.
De acordo com a primeira estimativa do Departamento de Comércio dos EUA -uma avaliação
revisada será divulgada no dia 27
de fevereiro-, o país cresceu a
um ritmo anualizado de 4% entre
outubro e dezembro.
É menos da metade dos 8,2%
que haviam sido alcançados no
terceiro trimestre e ficou abaixo
das expectativas dos analistas de
Wall Street. Um levantamento da
agência de notícias Reuters apontava expectativa de alta de 4,8%.
"O quarto trimestre foi forte e
muito bom para o fim de ano. Talvez não tão bom como nós imaginávamos, mas ainda mostra que a
economia entra em 2004 em um
momento significativo", afirmou
Mark Zandi, economista-chefe da
consultoria Economy.com.
"Esses 4% parecem desapontar
quando comparados ao que era
consenso e à expansão do terceiro
trimestre, mas ainda é uma taxa
respeitável", ponderou Lara Rhame, economista-sênior do banco
Brown Brothers Harriman.
Embora tenham reagido negativamente à divulgação do dado do
quarto trimestre, o mercado se recuperou ao longo do dia. Em Wall
Street, o índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Valores de Nova
York, recuou 0,21% e fechou com
10.488,07 pontos. O Nasdaq, que
reúne as ações das empresas de alta tecnologia, teve queda de 0,1%,
para 2.066,15 pontos.
As exportações, os gastos dos
consumidores e as despesas com
equipamentos, softwares e residências puxaram o crescimento
do PIB no último trimestre.
Embora tenham respondido
por mais de dois terços da expansão (70,6%) do ano, com 2,19
pontos percentuais, os gastos dos
consumidores tiveram queda na
participação em relação ao ano
anterior. Em 2002, esse item havia
sido responsável por 2,38 pontos
percentuais, ou seja, acima até do
crescimento total, de 2,2%.
Na comparação entre trimestres, o ritmo de expansão desses
gastos também caiu: de 6,9% no
terceiro para 2,6% no quarto.
Os investimentos privados, no
entanto, apresentaram melhora e
confirmaram a tendência de recuperação apresentada em 2002.
Depois de cair 8,4% em 2001 e
1,2% no ano seguinte, esse item
teve alta de 4,1% em 2003.
Em relação à participação nos
3,1% do ano inteiro, os investimentos privados contribuíram
com 0,61 ponto percentual.
Nessa análise, a balança comercial teve peso negativo e "tirou"
0,32 ponto percentual da expansão no ano. Já as despesas do governo, impulsionadas pelo desempenho no segundo trimestre
com a Guerra do Iraque, foram
responsáveis por 0,63 ponto percentual. O crescimento do item
em relação a 2002 foi de 3,4%.
Em comunicado após a divulgação do PIB, o secretário do Tesouro, John Snow, afirmou que os dados mostram que "a recuperação
está a caminho. Mas destacou que
mais precisa ser feito para aumentar a criação de emprego.
A questão do mercado de trabalho é a mais delicada na área econômica para o governo de George
W. Bush. Estima-se que cerca de
2,3 milhões de vagas tenham sido
eliminadas desde que ele assumiu
a Presidência, em 2001.
Com agências internacionais
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