|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para Anac, decisão sobre Varig não é da Justiça do Rio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) afirmou ontem
que a Justiça do Rio não tem
competência para tentar reverter a decisão da agência de retirar da Varig a concessão de 119
linhas e 23 slots (espaços) em
Congonhas que não foram usadas no prazo legal.
Em nota à imprensa, a Anac
afirma que a VRG Linhas Aéreas (Nova Varig) não está na
"alçada" da 1ª Vara Empresarial do Rio. Na semana passada,
a pedido da Nova Varig, o juiz
Paulo Roberto Campos Fragoso ordenou a devolução das linhas e slots por entender que o
prazo legal para operação dos
vôos é calculado de outra forma
e não havia vencido.
"A 1ª Vara Empresarial tem
responsabilidade legal pela recuperação judicial da antiga
Varig, mas não tem alçada sobre a VRG. A companhia, também conhecida como Nova Varig, é uma empresa aérea concessionária recentemente homologada pela Anac e tem saúde financeira", diz a nota.
Apesar da crítica indireta de
ingerência, a agência não se posicionou sobre o cumprimento
da decisão. Afirma que não recebeu notificação da decisão, o
que só pode acontecer por "carta precatória a ser cumprida
por juiz federal, uma vez que a
autarquia tem sede no DF". A
nota se baseia em informações
divulgadas pela imprensa.
Procurado pela Folha, o juiz
Paulo Roberto Campos Fragoso afirmou que não poderia comentar a postura da Anac para
evitar impedimento em futuros julgamentos sobre o tema.
Segundo ele, há diferença interpretativa do tema.
A Varig anunciou que pode
mover ação de perdas e danos
contra os diretores da Anac.
Para os advogados da empresa,
a Anac tem "plena consciência
da impossibilidade de seus
atos", mas usa "a tática para
tentar quebrar a companhia
em benefício de terceiros".
Texto Anterior: Apesar de "caos aéreo", Gol tem lucro recorde Próximo Texto: Tributação: Prazo de opção pelo Simples termina hoje Índice
|