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Atividade da indústria de SP avança 6,1% em 2007
Vendas sobem 4,2%, e horas trabalhadas, 6,4%, diz Fiesp
YGOR SALLES
DA FOLHA ONLINE
O nível de atividade da indústria de transformação do Estado de São Paulo subiu 6,1% em
2007, segundo dados sem ajuste sazonal divulgados pela
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Dessa forma, o INA (Indicador do Nível de Atividade da Indústria) conseguiu bater a expectativa da Fiesp, que era de
alta de aproximadamente 5%.
"No começo do ano, esperávamos 3,5%, depois fomos subindo aos poucos. A maioria
[dos analistas] errou para baixo, felizmente", disse Walter
Sacca, diretor-adjunto do Depecon (Departamento de Pesquisas Econômicas) da Fiesp.
O órgão também anunciou o
INA dos meses de novembro e
dezembro. Sem ajuste sazonal,
novembro apresentou baixa do
indicador de 4,3% (na comparação com outubro), enquanto
em dezembro houve retração
de 11,9%. Com ajuste, a queda
nos índices dos dois meses seguiu a tendência histórica -foi
de, respectivamente, 1,2% e
1,3%.
Em 2007, as horas trabalhadas na produção avançaram
6,4% na comparação com
2006. As vendas reais subiram
4,2%, o total de horas pagas subiu 6,9%, e o total de salários
reais pagos pelas indústrias
paulistas avançou 4,5%.
Sobre 2008, Sacca aposta em
alta de 5% tanto do INA como
do PIB (Produto Interno Bruto). "O PIB já cresceria 2,5%
por inércia, resultado da alta de
2007. Pode-se colocar mais um
ponto percentual graças à queda da CPMF. O restante da alta
viria pelo que pressentimos do
avanço dos investimentos que
estão sendo feitos", explicou.
Capacidade instalada
O Nuci (Nível de Utilização
da Capacidade Instalada) da indústria paulista atingiu 81,9%
no final do ano. Em 2006, o indicador fechou em 77,8%.
O maior índice de utilização
da capacidade instalada foi
apresentado pelo setor de coque, refino de petróleo, combustível nuclear e produção de
álcool, com 93,8%, seguido pelo
de metalurgia básica (90,4%).
O setor com menor utilização
foi o de material eletrônico e
equipamentos de comunicação, a 72,5%.
Segundo Sacca, a indústria
não precisa se preocupar com o
nível de capacidade instalada
enquanto estiver abaixo de
85%. Para ele, a indústria tem
capacidade de ampliar a produção sem grande investimento.
"Além disso, notamos em
2007 forte produção e importação de máquinas e equipamentos, sinal de que os investimentos estão sendo realizados."
A Fiesp ainda divulgou ontem o Sensor Fiesp -indicador
de perspectivas futuras da indústria- de janeiro. O índice
atingiu 52,2 pontos, contra 51
pontos em dezembro.
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