São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

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Atividade da indústria de SP avança 6,1% em 2007

Vendas sobem 4,2%, e horas trabalhadas, 6,4%, diz Fiesp

YGOR SALLES
DA FOLHA ONLINE

O nível de atividade da indústria de transformação do Estado de São Paulo subiu 6,1% em 2007, segundo dados sem ajuste sazonal divulgados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Dessa forma, o INA (Indicador do Nível de Atividade da Indústria) conseguiu bater a expectativa da Fiesp, que era de alta de aproximadamente 5%.
"No começo do ano, esperávamos 3,5%, depois fomos subindo aos poucos. A maioria [dos analistas] errou para baixo, felizmente", disse Walter Sacca, diretor-adjunto do Depecon (Departamento de Pesquisas Econômicas) da Fiesp.
O órgão também anunciou o INA dos meses de novembro e dezembro. Sem ajuste sazonal, novembro apresentou baixa do indicador de 4,3% (na comparação com outubro), enquanto em dezembro houve retração de 11,9%. Com ajuste, a queda nos índices dos dois meses seguiu a tendência histórica -foi de, respectivamente, 1,2% e 1,3%.
Em 2007, as horas trabalhadas na produção avançaram 6,4% na comparação com 2006. As vendas reais subiram 4,2%, o total de horas pagas subiu 6,9%, e o total de salários reais pagos pelas indústrias paulistas avançou 4,5%.
Sobre 2008, Sacca aposta em alta de 5% tanto do INA como do PIB (Produto Interno Bruto). "O PIB já cresceria 2,5% por inércia, resultado da alta de 2007. Pode-se colocar mais um ponto percentual graças à queda da CPMF. O restante da alta viria pelo que pressentimos do avanço dos investimentos que estão sendo feitos", explicou.

Capacidade instalada
O Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) da indústria paulista atingiu 81,9% no final do ano. Em 2006, o indicador fechou em 77,8%.
O maior índice de utilização da capacidade instalada foi apresentado pelo setor de coque, refino de petróleo, combustível nuclear e produção de álcool, com 93,8%, seguido pelo de metalurgia básica (90,4%). O setor com menor utilização foi o de material eletrônico e equipamentos de comunicação, a 72,5%.
Segundo Sacca, a indústria não precisa se preocupar com o nível de capacidade instalada enquanto estiver abaixo de 85%. Para ele, a indústria tem capacidade de ampliar a produção sem grande investimento.
"Além disso, notamos em 2007 forte produção e importação de máquinas e equipamentos, sinal de que os investimentos estão sendo realizados."
A Fiesp ainda divulgou ontem o Sensor Fiesp -indicador de perspectivas futuras da indústria- de janeiro. O índice atingiu 52,2 pontos, contra 51 pontos em dezembro.


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