São Paulo, sábado, 31 de janeiro de 2009

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Confiança da indústria se mantém em níveis baixos

Índice tem leve alta em janeiro, mas é o 3º pior da história

YGOR SALLES
DA FOLHA ONLINE

A confiança da indústria apresentou leve alta em janeiro, mas ainda está entre os níveis mais baixos da série histórica, iniciada em 1995. Os efeitos da crise foram sentidos no ICI (Índice de Confiança da Indústria), principalmente no uso da capacidade instalada, a mais baixa em 15 anos.
Segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas), o ICI subiu 0,5% entre dezembro e janeiro, passando de 74,7 para 75,1 pontos. Apesar da alta, a pontuação é a terceira pior já registrada. Só perde para o nível do mês passado e o de outubro de 1998 (71,2 pontos).
"Talvez essa seja a pior queda depois de um momento de euforia ocorrida nos últimos anos. Ela poderia perder só para 1995, após o Plano Real, mas não podemos afirmar porque não temos dados de antes de abril daquele ano", diz o coordenador da pesquisa, Aloisio Campelo Junior.
A mistura de menor demanda com a conclusão de investimentos iniciados antes da crise fizeram com que o uso da capacidade instalada da indústria chegasse ao nível mais baixo desde outubro de 1993.
O Nuci (Nível de Uso da Capacidade Instalada) de janeiro ficou em 78% -2,2 pontos percentuais a menos do que em dezembro passado. "Talvez o nível de produção tenha ficado estável, mas subiu a capacidade. Vários investimentos que se iniciaram na época do Nuci mais alto estão em implementação agora. Temos uma redução do investimento, mas muita coisa já estava contratada."

Consumo em queda
O consumo de energia em janeiro caiu 2,7% sobre o mesmo mês de 2007, segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), em um sinal de redução na atividade industrial.
Segundo o órgão, que gerencia o acionamento das usinas de geração de energia no país, a redução é reflexo da crise global. "A perda do dinamismo do crescimento da demanda praticamente em todos os países do mundo, provocada pela retração do crédito e do consumo de bens duráveis e os investimentos em baixa, influenciou diretamente na produção e na expansão do setor industrial", escrevem os técnicos do órgão.


Colaborou a Sucursal de Brasília


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