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APOSENTADORIAS
Antecipação provocará filas, admite governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo admite que a antecipação do pagamento dos aposentados do INSS (Instituto Nacional
do Seguro Social) para os primeiros cinco dias úteis de cada mês
deverá causar longas filas nos
bancos a partir de amanhã.
"Esperamos que tudo ocorra de
maneira tranqüila, mas imprevistos e percalços podem acontecer.
Não posso garantir que não haja
atropelo. Isso será ajustado com o
andar da carruagem", declarou
ontem o ministro da Previdência
Social, Amir Lando, que pretende
visitar algumas agências bancárias nos próximos dias.
À noite, o ministro fez pronunciamento em cadeia de rádio e TV
para explicar as alterações aos
aposentados. "É uma iniciativa do
governo federal que torna realidade 15 anos de lutas de aposentados e pensionistas. Você poderá
organizar a sua vida como sempre
quis, pagando as contas em dia,
sem ter prejuízos com atrasos."
As entidades ligadas aos aposentados reivindicavam a mudança no calendário com a justificativa de que o pagamento até o
décimo dia útil do mês -como
era feito até agora- prejudicava
os segurados. Isso porque a maior
parte das contas vence no início
do mês e muitos aposentados acabavam recebendo o benefício por
volta do dia 15.
Os bancos vinham pressionando o governo para adiar a adoção
do novo calendário por mais seis
meses, pois a medida exigirá reforço de pessoal no atendimento
bancário. A determinação de que
o pagamento seja feito até o quinto dia útil consta em lei.
Nada muda para quem tem benefícios com finais um a cinco
(continuam recebendo nos cinco
primeiros dias úteis). Serão beneficiados os com finais seis a nove e
zero, que receberão com cinco
dias de antecedência (junto com
os de finais um a cinco).
O Banco do Brasil anunciou ontem que as agências no Estado de
São Paulo, por exemplo, poderão
abrir duas horas mais cedo, dependendo do movimento. No Rio
de Janeiro, algumas agências abrirão três horas mais cedo.
A partir de amanhã o INSS pagará aposentadorias e pensões
para 22,048 milhões de pessoas,
no valor total de R$ 9,19 bilhões
(média de R$ 417 para cada um).
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