São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 2006

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IGP-M registra o nível mais baixo desde setembro

DA SUCURSAL DO RIO

A queda nos preços de produtos agrícolas voltados para a exportação levou o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) a registrar deflação de 0,23% em março. O resultado representa a menor taxa desde setembro, quando o índice apontou queda de 0,53% nos preços. Com o recuo, a taxa acumulada em 12 meses, usada para o reajuste de contratos de aluguel, chegou a 0,36%, o menor patamar desde o início da série, em 1981.
A perspectiva, para o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, é que os contratos de aluguel que vencem no primeiro semestre tenham reajustes inferiores a 2%.
Os preços no atacado intensificaram a queda e passaram de -0,06% em fevereiro para -0,48% em março.
Os combustíveis continuaram a pressionar a inflação. A gasolina subiu 1,25% após a redução do percentual de álcool anidro de 25% para 20%. "A mistura ficou mais concentrada e mais cara", disse Quadros. O álcool anidro registrou alta de 10,87% e o hidratado, de 5,95%.
A inflação para o consumidor seguiu tendência oposta: foi de 0,11% para 0,22% entre fevereiro e março, impulsionada pela oscilação dos alimentos (de -0,51% para 0,04%) e de tarifas do grupo habitação (de -0,01% para 0,21%). As altas nos preços de administrados e do álcool representaram 86% da inflação para o consumidor. O gás de botijão subiu 1,49%, a energia elétrica, 0,27%, e a água e o esgoto, 1,3%, com o reajuste em Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Brasília. (JANAINA LAGE)

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