Preço subiu 8% em Londres desde a captura, na semana passada, de 15 marinheiros britânicos por Teerã

DA REDAÇÃO

Depois de subir mais de 3% na quinta-feira, a cotação do barril de petróleo viveu um dia de instabilidade, ainda marcado pelo impasse diplomático entre Irã e Reino Unido.
O maior efeito aconteceu na Bolsa de Londres, onde o preço do barril oscilou de US$ 67 a US$ 69. Porém, a commodity terminou a semana valendo US$ 68,10, alta de 0,32% em relação ao dia anterior. Em Nova York, as alternâncias foram menores e o produto teve queda de 0,24%, encerrando o dia cotado a US$ 65,87.
Os preços acabaram variando à medida que se intensificavam as ações dos governos iraniano e britânico. Teerã apresentou um novo vídeo com um dos 15 marinheiros capturados na semana passada. Nele, um oficial disse que a embarcação do Reino Unido invadiu águas iranianas, como alega o governo de Mahmoud Ahmadinejad.
O primeiro-ministro Tony Blair reagiu a divulgação da fita dizendo que sentia "repulsa" pelo fato de os oficiais britânicos estarem sendo "expostos" e "manipulados". "Eles têm que ser libertados", afirmou.
Esse embate foi responsável pela maior parte da alta do petróleo em março. Neste mês, a cotação do barril se elevou em 10,03% na Bolsa de Londres. Porém, desde a sexta-feira da semana passada, dia da captura dos oficiais britânicos, a alta foi de 7,79%. Naquele dia, o barril estava cotado a US$ 63,18.
Os efeitos também foram sentidos em Nova York, onde o preço se expandiu em 5,77% entre o dia 23 e ontem -no mês, ele subiu 6,60%. Há oito dias, ele valia US$ 62,28.
Além de elevar as tensões em uma região já conflituosa -e com grande produção de petróleo-, a disputa entre Reino Unido e Irã mexe com os mercados mundiais porque o país do Oriente Médio é o quarto produtor mundial da commodity e o segundo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Nesse organismo, ele só é superado pela Arábia Saudita.


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