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Educadora ensina quanto dar aos filhos
DA REPORTAGEM LOCAL
A estudante Anita Xavier, 18, recebe mesada
desde os 12 anos. Começou com R$ 100 mensais,
dinheiro com o qual administrava gastos como cinema, sorvetes, roupas e presentes para os amigos. Hoje, faz estágio em uma
agência de comunicação e
tem o seu salário.
Segundo a mãe, a professora de dança Uxa Xavier, 49, a filha "faliu" diversas vezes, mas acabou
aprendendo a se planejar e
a guardar dinheiro para
comprar roupas mais caras e até para viajar com os
amigos. Quando fez 18
anos, foi a Buenos Aires
com o próprio dinheiro. "A
Anita tem um temperamento organizado desde
pequena. Gosta de coisas
boas, caras. Economiza
para comprar o que quer."
A mãe diz que não manipula a mesada como recompensa por notas boas,
por exemplo, nem punição, prática que é condenada pelos especialistas
em finanças pessoais.
"Em hipótese alguma o
pai deve aumentar a mesada porque o filho tira notas
boas. Isso mina a responsabilidade. Também não
pode suspender como forma de castigar por malcriações nem vincular à
realização de tarefas domésticas", disse a educadora Cássia D"Aquino.
Agora, a professora Uxa
Xavier vai começar a dar
uma mesada de R$ 100 para a filha menor, Laura,
que tem 11 anos e ainda recebe semanadas de R$ 20.
"A Laura é um pouco mais
mão-aberta, mas vai
aprender ter um pouco
mais de firmeza", disse.
Pais ricos ou pobres, R$
1 por ano de vida é quanto
o filho precisa para despesas semanais básicas a partir dos seis anos de idade,
segundo Aquino. De acordo com a conta, uma criança de seis anos pode
aprender a administrar
uma semanada de R$ 6, e
uma de dez, de R$ 10.
A mesada propriamente
só deve chegar aos 11 anos,
quando o pré-adolescente
começa a se deparar com
necessidades maiores de
gastos e de economias.
Nesse momento, a semanada de R$ 11 deve virar
uma mesada, que pode
chegar a cerca de R$ 100, o
equivalente a ao menos R$
8 por ano de vida. Ou seja,
um adolescente de 13 anos
ganharia R$ 104 mensais.
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