São Paulo, sexta-feira, 31 de maio de 2002

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BANCOS

Agora, Santander diz que não fecha departamento de pesquisas em Nova York
O Banco Santander decidiu não fechar seu departamento de pesquisas de mercado em Nova York, diferentemente do que havia dito o presidente de instituição na Espanha quando da visita de Fernando Henrique Cardoso. A instituição teme que sua credibilidade fique abalada em Wall Street se fizer isso.
O banco optou por, em vez disso, fechar o acesso da imprensa nacional e estrangeira aos relatórios semanais preparados pela equipe e enviados a seus clientes e investidores. Desde que o departamento rebaixou os papéis do Brasil, os analistas já vinham evitando falar com jornalistas.
No dia 2 de maio, Lenora Suki, economista-chefe para a América Latina, assinou relatório rebaixando os papéis brasileiros de "acima do valor de mercado" para "neutro". A decisão veio numa semana em que outros bancos de investimento baseados em Nova York e corretoras de valores como a Merrill Lynch tomaram a mesma atitude.
Todos davam como principal motivo a ascensão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a queda do candidato do governo, o ex-ministro José Serra (PSDB), nas pesquisas de intenção de voto.
Segundo fonte ouvida pela agência de notícias Reuters, um alto funcionário do Santander em Nova York foi enviado nesta semana à matriz espanhola com o objetivo de tentar reverter a decisão de fechar o escritório de análises. A solução intermediária teria sido decidida depois de negociações.
(SERGIO DÁVILA, DE NOVA YORK)


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