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DIAS DE TENSÃO
Segundo porta-voz da Opep, podem ser extraídos 2,5 milhões de barris a mais por dia; reunião será na quinta
Cartel sinaliza produção maior de petróleo
DA REDAÇÃO
A cota de produção diária de
petróleo deve ser elevada nesta semana, numa tentativa de coibir a
alta recente do preço do produto.
Segundo o porta-voz da Opep
(Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Abulrahman
al-Kheraigi, na reunião que acontecerá na próxima quinta-feira, a
elevação da cota será a opção mais
provável. "Essa opção deve ser
considerada seriamente", disse. O
cartel produtor de petróleo planeja aumentar a produção diária em
2,5 milhões de barris -hoje, o limite é de 23,5 milhões por dia.
A suspensão do teto de produção, como chegou a ser cogitada,
não é uma hipótese viável. "Tem
que haver um teto", afirmou.
O barril de petróleo, que foi negociado recentemente acima de
US$ 41, fechou na sexta-feira cotado a US$ 39,88 o barril, no mercado de Nova York.
Já o indonésio Purnomo Yusgiantoro, presidente da Opep, disse que o cartel ainda pode estudar
outras opções, antes de decidir
por uma produção maior. A reunião acontecerá em Beirute.
Frédéric Lassere, chefe do departamento de commodity do Société Générale em Paris, disse que
a reunião da Opep terá componentes mais políticos do que técnicos. Qualquer aumento na cota
não deverá trazer refresco imediato. "O mercado parece achar
que nós já vimos o pico de alta,
mas isso não significa que entraremos em uma tendência de baixa", disse.
Na semana passada, a Arábia
Saudita, maior exportador mundial de petróleo e fundador da
Opep, anunciou que subirá a sua
produção diária e incentivou os
demais membros do cartel a fazerem o mesmo. "A Arábia Saudita
assumiu um compromisso com o
mundo e iremos mantê-lo", disse
o embaixador saudita em Washington, príncipe Bandar bin Sultan.
Alguns sócios da Opep, como a
Venezuela, não estão dispostos a
aumentar a oferta por considerar
que o atual choque de preços se
deve a fatores alheios à produção.
Para analistas, a alta demanda
pelo produto e o temor de atentados terroristas no Oriente Médio
são as causas principais da recente alta do petróleo.
A Arábia Saudita divulgou comunicado ontem afirmando que
o atentado terrorista praticado no
país no sábado não afetará a capacidade de produção de petróleo.
Embora as instalações petrolíferas não tenham sido afetadas, o
ataque pode criar uma nova instabilidade na região e voltar a pressionar o preço do petróleo, dizem
analistas.
Com o "New York Times" e com as agências internacionais
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