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Vôo na América do Sul pode ter descontos de até 80%
Até setembro, Anac liberará totalmente as promoções
DA SUCURSAL DO RIO
A partir de amanhã, entra em
vigor a segunda etapa da liberação gradual de tarifas em vôos
para a América do Sul definida
pela Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil). Na prática, as
empresas poderão oferecer
descontos de até 80% nos preços das passagens do Brasil para países como Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia,
Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.
Em março, a agência já havia
permitido a oferta de descontos
de até 50%. A partir de setembro, haverá liberdade total na
definição dos preços dos bilhetes. O desconto pode ser aplicado sobre o valor de referência
da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) por
companhias brasileiras e estrangeiras, como TAM, Gol, Varig, Aerolíneas Argentinas, Lan,
Pluna, American Airlines, British Airways, Lufthansa, Taca-Peru, Avianca e Lloyd Aéreo
Boliviano.
Segundo Marcelo Guaranys,
diretor da Anac, a medida visa
estimular a concorrência e a redução do preço dos bilhetes para o consumidor, mas a decisão
sobre a aplicação do desconto
dependerá das companhias.
A liberação nos preços dos bilhetes para os países vizinhos é
o primeiro passo da agência para a flexibilização tarifária de
todos os vôos internacionais
que partem do Brasil. A Anac
tem planos de liberar os preços
dos bilhetes em vôos para América do Norte, Europa, Ásia,
África e Oceania.
Na opinião de José Márcio
Mollo, presidente do Snea (Sindicato Nacional de Empresas
Aeroviárias), não deverão ocorrer mudanças significativas nos
preços dos bilhetes em razão do
aumento dos preços do petróleo. De acordo com ele, o querosene de aviação já subiu cerca
de 30% este ano.
Ele avalia que as empresas
brasileiras são capazes de enfrentar o aumento da competição na América do Sul, mas não
teriam condições de enfrentar
as estrangeiras com a liberação
de preços para outros destinos.
"As empresas não são contra a
liberação, mas não têm condições semelhantes para concorrer. O governo precisa tirar os
empecilhos antes de flexibilizar", disse.
(JL)
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